Um homem que joga durante 10 temporadas com a camisola do Vitoria seria sempre considerado uma grande glória do passado, mas na verdade, alem do longo tempo em que nos representou, Jesus marcou o clube, foi seu capitão de equipa e esteve presente em muitas e muitas jornadas de glória do Vitoria Sport Clube. Jesus disputou mais de 300 jogos na principal liga portuguesa de futebol, dos quais mais de 200 foram ao serviço do Vitoria, pelo que se tornam indissociáveis a carreira de Jesus e a história do clube mais representativo da cidade de Guimarães. Representou ainda o clube em vários jogos das competições europeias, bem como a Selecção Nacional de Portugal.António Jesus Pereira, nasceu na cidade de Espinho em 11 de Fevereiro de 1955, e foi no clube da sua terra natal que deu os primeiros pontapés na bola. De novo notava-se que o seu ponto forte não seria propriamente os pés, mas sim as mãos, pelo que optou pela posição de Guarda-redes, aquela que o viria a consagrar no futebol nacional. Nos juvenis do Sp. Espinho, desde cedo despertou a cobiça dos olheiros que vagueavam pelos campos de futebol e ainda nessa mesma categoria vai para o FC Porto, corria a temporada de 1971/72. O restante percurso de formação é completado no FC Porto, onde se sagraria campeão nacional nos escalões de Juvenis e de Juniores.Ainda contratualmente ligado ao FC Porto, vai a título de empréstimo para o Lourosa em 1973/74 por duas temporadas, regressando à casa mãe já na temporada de 1975/76, onde fez parte do plantel principal da formação portista. Seguiu-se duas temporadas no Beira-Mar e em 1978/79 chega à cidade da Povoa de Varzim, com 23 anos, para representar o Varzim SC. Manteve-se ao serviço dos poveiros durante 3 épocas consecutivas, onde alcançou logo na 1ª época um brilhante 5º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde ficaram conhecidos os “Lobos do Mar” da Povoa do Varzim. Uma grave crise financeira que acabou por afectar o desempenho da formação varzinista na temporada 1980/81 motivando a sua à descida à 2ª Divisão Nacional.
Pese embora o amargo resultado colectivo obtido nessa temporada ao serviço do Varzim SC, as exibições protagonizadas por Jesus ao longo da época despertaram a atenção de José Maria Pedroto, técnico do Vitoria, que entretanto já o conhecia das camadas jovens do FC Porto, de tal modo que o contratou para ser incluído no plantel vitoriano para a época 1981/82 e em primeira linha ser o suplente do já conceituado Vítor Damas. Contudo, fruto da sua enorme potencialidade, Jesus disputa taco a taco a camisola n.º 1 com Damas durante toda a temporada, de forma tal que consegue efectivamente tornar-se o dono das redes vitorianas, alcançando merecidamente a titularidade.É uma temporada de grande sucesso vitoriano com uma meritória classificação no 4º lugar do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, mas que infelizmente se afigurou insuficiente para o tão almejado apuramento para uma competição europeia. Esse desiderato apenas viria a ser alcançado na temporada seguinte, já com Manuel José ao leme. Sucede que, se na 1ª temporada em Guimarães foi partilhando a titularidade da baliza do Vitoria com Vítor Damas, nesta segunda temporada foi sempre suplente de Silvino, apenas anotando a presença num jogo do campeonato nacional desse ano. Silvino não lhe deu qualquer chance!
Na 3ª temporada em Guimarães inicia a época novamente como suplente de Silvino, mantendo-se a situação que vinha da época anterior, contudo, fruto de algumas más exibições daquele titular, Jesus é chamado ao posto na equipa principal e assegura a titularidade da baliza do Vitoria. Mas a temporada seguinte traz-lhe um novo concorrente de peso, o jovem cabo verdiano Neno, que vem cedido pelo Benfica no âmbito da transferência de Nivaldo do Vitoria para o clube da Luz.Nesta temporada, acontece exactamente o inverso daquilo que aconteceu na época anterior. Raymond Goethals, treinador do Vitoria para a época 1984/85, entrega a Jesus a titularidade da baliza do Vitoria, que mais tarde viria a perder para o Neno...
Só apenas na época 1985/86, já com falecido António Morais no comando técnico, é que Jesus agarra definitivamente a titularidade da baliza do Vitoria, não dando qualquer veleidade aos seus companheiros concorrentes ao lugar. A partir desta época Jesus dá inicio a uma série ininterrupta de 3 temporadas sempre como titular do Vitoria em todos os jogos disputados no campeonato nacional da 1ª Divisão.
Demonstra e convence tudo e todos da sua qualidade. Revela-se um Guarda-redes de pequena estatura, com os seus 173 cm de altura, mas de enormes reflexos e agilidade felina. A sua trajectória alternando a titularidade com o banco de suplentes na equipa vitoriana nas primeiras 4 temporadas, dará lugar a uma posição cativa no onze base do Vitoria. Tornando-se ainda em 1986/87, dado o seu carisma e personalidade, no capitão da formação vimaranense.Que boas recordações daquele tempo. Muitas vezes dou por mim a relembrar aquela cena gravada na minha memória de ver a equipa do Vitoria a entrar em campo com o seu capitão Jesus a comandar os restantes companheiros, trazendo nas suas mãos, de um lado o par de luvas necessárias ao oficio e do outro um ursinho de peluche branco que trazia o cachecol do Vitoria atado. Mas não me recordo só da imagem. E quem não se lembra daquele som de fundo que acompanhava os últimos alongamentos ou corridas dos jogadores antes do inicio da partida no Estádio Municipal de Guimarães. Em que se ouvia: “A Comissão de Fundos para um Vitoria Maior, apresenta a constituição das equipas: Com o n.º 1 Jesus, que também é o capitão, com o n.º 2 Costeado, com o n.º 3 Miguel...”. Bons tempos, sem duvida.E a sua inconfundível fisionomia? E o seu traje? O seu bigodinho. E aquele boné que trazia nos jogos disputados em tardes solarengas. E quando ele pequenino gritava - quem nem um desalmado - para as torres como eram Miguel e Nene, quando estes metiam agua na defesa?
temporada 86/87 é também para Jesus um momento alto. Nessa temporada tem exibições espantosas e memoráveis, a título de exemplo expressa-se aquela majestosa exibição em pleno Estádio Vicente Calderon, em Madrid, frente ao Atlético de Madrid onde até uma grande penalidade defendeu. Jesus voava dentro dos postes, e fora deles, apesar da sua pequena estatura, sabia impor a sua presença.
Esta temporada foi também marcante em termos individuais para Jesus, porque seria o ano em que se tornaria Internacional A pela Selecção Nacional de Portugal.Jesus já contabilizava uma internacionalização pela Selecção Olímpica, quando defendeu a baliza de Portugal, num jogo disputado em Israel, no dia 30 de Outubro de 1983, em que a turma lusa saiu derrotada por 0-1.À principal Selecção Nacional chegou no dia 4 de Fevereiro de 1987, num amigável disputado no Estádio 1º Maio em Braga, contra a congénere Belga, em que Portugal venceu por 1-0. A Selecção de Portugal “pós Saltillo”, comandada por Juca e Ruy Seabra, que teve em Jesus o Guarda-redes escolhido para titular da equipa das quinas durante todo o ano de 1987, disputando-se na altura a classificação para o Campeonato da Europa de 1988, torneio que se viria a realizar na Alemanha. Defrontou a Selecção de Malta e a Itália por duas vezes, em Lisboa e em Milão, a Suécia e a Suiça. Na memória fica o jogo disputado em San Siro, contra a Itália, com a camisola da Selecção, em que Jesus fez uma grande exibição, apesar da derrota portuguesa. O último jogo disputado por Jesus com a camisola de Portugal foi em Malta, no dia 20 de Dezembro de 1987, na vitória portuguesa por 1-0. Jesus contabilizou assim 7 internacionalizações A e 1 Olímpica. Contemporâneos da Selecção portuguesa naquela altura foram outros jogadores vitorianos. A equipa do Vitoria era quase meia selecção. Assim, juntamente com Jesus, estavam Costeado, Miguel, Nascimento, Carvalho e Adão.
Na temporada de 1987/88, Jesus manteve-se titular na equipa principal do Vitoria. Foi uma época extremamente difícil, em que o clube viveu alguma instabilidade, apenas conseguindo salvar-se da descida de divisão na recta final do campeonato. Contudo, no final dessa temporada o Vitoria alcança o privilégio de disputar a final da Taça de Portugal, contra o FC Porto, campeão nacional, o que lhe permite mais uma vez, e por esta via, aceder às competições europeias. O Vitoria deixou pelo caminho o Murça (7-0), o Felgueiras (1-0), Ermesinde (3-1), Marítimo (5-2), Gil Vicente (2-0) e Portimonense (2-1). Na final disputada no Estádio do Jamor, na tarde do dia 16 de Junho de 1988, António Jesus foi o Guarda-redes titular e capitão da equipa. Foi a única final da Taça de Portugal em que Jesus esteve presente. O jogo foi apitado pelo famosíssimo e já falecido arbitro Vítor Correia, responsável por 7 jogos de interdição do nosso estádio, aquando de uma recepção ao Boavista. O FC Porto adversário nessa final, acabou por vencer o encontro por 1-0, com golo de Jaime Magalhães, sagrando-se assim vencedor da Taça de Portugal.
No final da temporada 87/88, Jesus não chega a entendimento com o Presidente do Vitoria, Pimenta Machado, para a renovação do seu contrato, acabando por deixar Guimarães após 7 temporadas consecutivas ao serviço do Vitoria. Esse abandono deixou sempre muitos sócios em desacordo com o Presidente, criticando-o por não ter renovado o contrato ao capitão da equipa. Contudo, esse foi um ano que a Direcção entendeu renovar o plantel, acabando por abandonar Guimarães vários jogadores que até ai haviam sido marcantes.Jesus, já com 33 anos de idade, era um Guarda-redes conceituado, e naturalmente não lhe faltaram convites para continuar a desempenhar a sua carreira de futebolista após a saída de Guimarães. Acabou seduzido pelo Leixões SC, que regressava a 1ª Divisão Nacional, treinado na altura por António Morais, técnico que tão bem o conhecia desde os tempos de miúdo no FC Porto e já graúdo no Vitoria de Guimarães.Em Matosinhos, ao serviço do Leixões, foi praticamente titular indiscutível durante toda a temporada 88/89, mas os seus desempenhos não foram suficientes para evitar a descida do clube à 2ª Divisão Nacional, terminando o campeonato colocado no 19º lugar da classificação.
Em face da descida de Divisão do Leixões SC, Jesus optou por continuar a jogar no escalão maior do futebol português, transferindo-se assim para o Desportivo de Chaves. Para lá do Marão, ao serviço do Desportivo de Chaves, apareceu um Jesus cheio de categoria e apesar dos seus 34 anos idade, com as suas qualidades inacreditavelmente intactas. Fez uma época de sonho. Colectivamente o Desportivo de Chaves alcançou o 5º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1989/90, logo atrás do Vitoria que se classificaria na 4ª posição. Individualmente Jesus fez um magnífica temporada, de tal forma, que venceu o prémio Adidas, prémio instituído pelo Jornal A Bola que se destinava distinguir o jogador que durante a temporada foi considerado pelos seus jornalistas mais vezes “o melhor jogador em campo”.
Esta temporada realizada ao serviço do Desportivo de Chaves não passou despercebida ao responsáveis vitorianos, nem ao seu técnico Paulo Autuori, que logo o escolheu para substituir o Guarda-redes Neno que entretanto havia regressado ao Benfica. Retorna assim a Guimarães na época de 1990/91 e afirma-se novamente o titular da baliza do Vitoria apesar dos 35 anos de idade. Esta temporada em Guimarães foi pautada pela mediania, acabando o Vitoria classificado na 9ª posição. Seguem-se mais duas temporadas na cidade berço (1991/92 e 1992/93) nas quais foi titular, mas já não da forma indiscutível que havia sido até então, dividindo com Madureira a camisola n.º 1 do Vitoria. Em 1991/92 é treinado pelo técnico João Alves, alcançando o Vitoria mais um classificação para as provas internacionais e no seu ultimo ano reencontra o treinador brasileiro Marinho Peres. Deixa Guimarães em 1993, completando assim o segundo ciclo como Guarda-redes do Vitoria e capitão de equipa, totalizando as já mencionadas 10 temporadas com o Rei D. Afonso Henriques ao peito.
Apesar da idade, decide continuar a jogar futebol, e aceita o convite para regressar à transmontana cidade de Chaves e defender a baliza do Desportivo agora a disputar a 2ª Divisão de Honra. O Chaves tentava o regresso à principal liga portuguesa e escolheu Jesus para ser o seu Guarda-redes principal. De todo modo, Jesus foi titular praticamente durante toda a época com de 1993/94. Mas seria essa a época em Jesus penduraria as suas luvas de Guarda-redes e abraçaria a carreira de treinador de futebol.O Campeonato não estava decidido, mas o Desportivo de Chaves estava longe dos lugares de subida. Os dirigentes do Desportivo de Chaves decidem demitir o seu técnico Carlos Garcia e desafiam Jesus a assumir o comando técnico da equipa ate encontrar uma solução para o cargo. Contudo, com António Jesus como treinador a equipa flaviense vai melhorando significativamente o seu desempenho, de tal modo que fica sendo o seu técnico até final da temporada. E consegue resultados imediatos. Fruto de uma brilhante evolução o Desportivo de Chaves classifica-se na 3ª posição na Divisão de Honra e ascende assim à primeira Liga portuguesa. Estava encontrado um novo treinador para o futebol português.
Naturalmente, é António Jesus o escolhido para comandar o Desportivo de Chaves na época 1994/95 na 1ª Liga Nacional. O Chaves é a sensação no início dessa temporada, de tal modo que chega a ser apontado pelos especialistas desportivos como um forte candidato à Europa. No entanto, a equipa flaviense não era assim tão capaz e como tal foi paulatinamente baixando de rendimento. Inacreditavelmente, após uma derrota em Faro, contra o Sporting Farense, por duas bolas a zero, a direcção do Desportivo de Chaves decide demitir o seu treinador substituindo-o pelo técnico Vítor Urbano. Duro golpe, mas António Jesus não desiste e sai de cabeça erguida.
Na época seguinte, o Paços Ferreira na Divisão de Honra aposta em António Jesus para seu treinador principal. António Jesus abraça o projecto do clube da capital do móvel, e curiosamente constitui a sua equipa técnica com o adjunto João Costeado, seu companheiro de muitos anos no Vitoria, e José Gomes como preparador físico, actualmente técnico principal de futebol, ex-preparador físico do Benfica e técnico no Paços Ferreira, Desp. Aves e União de LeiriaNa época 1995/96, sua primeira época como treinador do Paços de Ferreira, alcança o 5º lugar no campeonato da 2ª Divisão de Honra, ficando às portas da subida à 1ª Liga. Por esse motivo, os dirigentes pacences renovam a aposta e a confiança em António Jesus como seu treinador para a nova época, contudo os maus resultados ditam a sua demissão a meio da prova. A título de curiosidade refira-se que António Jesus treinou José Mota (actual técnico do Paços de Ferreira) ainda como jogador, e é responsável pelo lançamento de Carlos Carneiro, jogador que anos mais tarde veio a representar o Vitoria.
Ainda no decurso da temporada de 1995/96, após deixar o Paços de Ferreira, António Jesus teve pouco tempo na situação de desempregado, aceitando o convite para treinar o Sporting da Covilhã na 2ª Divisão de Honra, com o objectivo quase impossível de evitar a descida de Divisão. O desempenho da formação serrana melhora mas de forma incapaz de evitar a descida à 2ª Divisão B. Apesar desse desiderato, os responsáveis do Sporting da Covilhã apercebem-se das dificuldades da equipa e louvam o trabalho de António Jesus, mantendo-o no cargo de treinador para a temporada seguinte.As épocas 1997/98 e 1998/99 são passadas como treinador do Sporting da Covilhã, com um plantel de muita gente jovem, mas tendo sempre como objectivo o regresso do clube serrano à 2ª Divisão de Honra. Na primeira época fica as portas da subida, quedando-se pelo 2º lugar da Zona Centro do Campeonato Nacional da 2ª Divisão B, mas na temporada seguinte alcança o 1º lugar naquela zona e sagra-se Campeão Nacional. A época 1998/99 é o ano que marca o primeiro titulo nacional alcançado como técnico. Com tão brilhante resultado é lógica a manutenção da aposta em António Jesus como técnico do Sporting da Covilhã, agora novamente a disputar a 2ª Divisão de Honra. Contudo, os maus resultados acompanham a equipa e em Março de 2000 é despedido do cargo.
Do Sporting da Covilhã seguiu-se o Estarreja e o Sporting de Espinho, até que em 2004 é convidado pelo Prof. Manuel Machado para integrar a sua equipa técnica, como treinador de Guarda-redes, que vai orientar o Vitoria de Guimarães para a temporada 2004/05. O Prof. Manuel Machado é o treinador escolhido pelo recém eleito Presidente do Vitoria - Vítor Magalhães - para comandar a equipa de futebol profissional. É pois, por esta via, que Jesus regressa à cidade onde mais êxitos e certamente melhores recordações tem da sua carreira de jogador de futebol. No final da temporada, apesar do clube alcançar uma classificação que lhe permite o acesso à Uefa, o Prof. Manuel Machado acaba por não continuar à frente da equipa técnica e com a sua saída dá-se também o abandono de António Jesus a Guimarães.
NA temporada de 2005/06 António Jesus prossegue a sua carreira como treinador principal, mas desta vez assume um clube a militar na 3ª Divisão Nacional, precisamente o Lusitânia dos Açores. Brilhantemente consegue alcançar a subida à 2ª Divisão B com ao leme do clube açoreano. Contudo, pese embora a grande temporada realizada António Jesus não permanece no comando técnico do Lusitânia dos Açores, abandonando as ilhas e regressando ao continente.
Actualmente é o treinador da equipa principal do Benfica de Castelo Branco que presentemente milita na 3ª Divisão Nacional série D.
Exmo. Sr. Após conferência de imprensa dada nos últimos dias, respeitante ao trabalho efectuado pelas equipas de arbitragem no ultimo jogos da Liga Zon Sagres, nomeadamente no jogo que opôs o Vitória Sport Clube ao Sport Lisboa e Benfica, vimos por este meio solicitar que explique a arbitragem vergonhosa, tendenciosa e unilateral que decorreu na passada época aquando da deslocação do Vitória Sport Clube ao terreno do Sporting Clube de Braga. Poder-nos-à dizer , utilizando um chavão jurídica, que escabrosa e nefasta tarde para o futebol já prescreveu atendendo à improcedência dos recursos do Vitória. Mas, responda caso possa, acha que a rectidão de carácter prescreve? Nós, em Guimarães, não pensamos assim e tal como V. Ex.a não olvidou as incidências de um jogo menos polémico, como foi capaz de atirar para trás das costas a horrenda actuação de um árbitro, que esse sim, teve influência directa na classificação, não permitindo o apuramento do Vitória para as competições europeias e o concomitante glosar deste em toda a imprensa internacional, questionando até se não se encontraria ébrio?? Sim, falamos de Artur Soares Dias, premiado na semana subsequente a ser suplente numa meia final da Champions… e, ironicamente, atendendo ao facto de V. Ex.a dar a entender que nessa tarde de Sexta feira Santa tudo correu bem, nunca mais o nomeou para desafios do Vitória… Estranho, não?? O que receia, se foi incapaz de o fazer arder na fogueira pública da Inquisição, como fez ontem com Olegário Benquerença? Ou, nos dezassete pontos que essa equipa foi ofertada, no pretérito campeonato, tinham no seu pack o jogo do Vitória e nada havia a fazer, a não ser escolher o bobo que animasse a corte? Ora, se como V. Ex.a deve saber “a missão da arbitragem do futebol profissional é garantir a imparcialidade da competição, optimizando em simultâneo as competências dos Árbitros e os desempenhos das suas equipas, de modo a que possam colaborar activamente na valorização do espectáculo e, consequentemente, contribuir para que os clubes se desenvolvam e possam demonstrar em cada jogo as suas potencialidades competitivas.” Aliás, tais incumbências vêm enumeradas taxativamente na missão da estrutura orgânica da Comissão a que preside, como deve bem saber. Ipso modo não encontramos justificação, para que depois dos vários erros humanos protagonizados pelo Sr. Artur Soares Dias durante o referido jogo, se achou na necessidade de o fazer agora depois da arbitragem, também ela com erros humanos, do Sr. Olegário Benquerença… não serão as arbitragens analogamente polémicas, e acima de tudo uma sucedeu no final da competição, enquanto outra ocorre à terceira jornada? Relembramos Sr. Vítor Pereira que todos os Humanos são susceptíveis de errar, e todos os elementos que constituem as equipas de arbitragem de futebol são Humanos, e por isso erram, como o Sr. também o é, e também já errou… mas, ontem não se tratou disso! Tratou-se de um puro acto de subserviência aos poderes bafientos e apodrecidos que continuam a minar o futebol português… tratou-se de um preparar do terreno para que clubes que não os habituais possam ser espoliados com a desculpa que os árbitros até já se enganaram a seu favor e contra os que para justificar contratações megalómanas -ou até para não fecharem as portas – têm de garantir os melhores lugares de uma competição que de verdade tem pouca… As declarações que proclamou aquando da, anteriormente referida, conferência de imprensa, não são de todo para “contribuir para que os clubes se desenvolvam e possam demonstrar em cada jogo as suas potencialidades competitivas”, pois apenas demonstrou que cedeu à pressão exercida pela direcção do Sport Lisboa e Benfica. Aguardamos deste modo uma explicação e pedido de desculpas para os erros Humanos dos elementos que fazem parte da arbitragem nacional, bem como uma análise pública, e consequente pedido de desculpas aos simpatizantes e praticantes de futebol em Portugal, após cada jornada, onde estejam integrados elementos da arbitragem sob a alçada da Comissão de Arbitragem da Liga… seja o prejudicado qualquer clube, independentemente de mais ou menos titulado. Sem mais de momento, subscrevo-nos, atenciosamente, com os nossos melhores cumprimentos e votos de isenção
in Associação VitóriaSempre
A ver vamos onde terminará a palhaçada, fazendo votos que não comecemos já este sábado a pagar a azia dos lampiões por intermédio do refinadissimo ladrão jorge sousa...
Todos a Coimbra, numa verdadeira demonstração de força!!!
Ui, ui, este ano vai ser bonito... Deslocação agendada a Coimbra e ao leitãozinho. Se possível para trazer os 3 pontos (apesar do árbitro ser o LADRÃO do jorge sousa) e quem sabe o Rei às costas pois está fartinho de estar longe de casa... Muitos Clandestinos, juntamente com cerca de 3000 brancos, marcarão certamente presença à beira do Mondego para mais uma... INVASÃO, INVASÃO, INVASÃO!!!!
Os dias difíceis de Scolari 'na sombra' do Palmeiras
Expulso frente ao São Paulo, em nova derrota do Palmeiras, técnico revela-se desiludido e diz-se perseguido pela arbitragem
No banco do Palmeiras, Scolari pede táctica, mas a equipa responde com uma média de 20 faltas por jogo. Quando se levanta do banco de suplentes Scolari pede vitórias e o "onze" do Palmeiras empata ou perde. Depois de ter antecipado em seis meses a entrada para o comando da equipa paulista, o ex-seleccionador de Portugal, ex-treinador do Chelsea e ex-técnico do Bunyodkor, não consegue esconder a desilusão face ao rumo da situação.
Pior. No último fim-de-semana o Palmeiras perdeu com o São Paulo, por 2-0 e, no fim do jogo, Scolari já não estava no banco. Foi expulso aos 26 minutos por reclamar a colocação da barreira na cobrança de uma falta. O treinador já reagiu e a direcção do clube dá-lhe cobertura. Em sete anos no estrangeiro, Felipão nunca foi expulso. Em dois meses de Brasil, de volta ao leme da equipa que, em 1999, levou à conquista da Taça Libertadores, já foi mais cedo para o baneário por duas vezes. A direcção do Palmeiras apoia o técnico, mas os adeptos começam a ficar descontentes, com os inevitáveis comentários online a reflectirem a fraca prestação, face aos 700 mil reais (311 mil euros) que Scolari aufere. Um salário milionário que só Ronaldo, no líder do Brasileirão, Corinthians, ultrapassa.
O cenário vai piorando. Nesta altura do campeonato, o Palmeiras deveria, de acordo com o plano de trabalho de Scolari, encontrar-se numa zona de conforto. Pelo contrário,vai deslizando para a área cinzenta da tabela classificativa. Quando Scolari assumiu o cargo, à nona jornada, o Verdão ocupava a sétima posição. Depois da derrota com o São Paulo, à 23.ª, ocupa o 13.º lugar, embora com o mesmo número de pontos que Grémio e Vasco. A linha de descida está a oito pontos e o líder do campeonato a 15. Em 16 jogos com Scolari no comando, o Palmeiras só ganhou quatro, empatou oito vezes e perdeu cinco. E 700 mil reais são muito dinheiro, para orientar uma equipa que só tem melhorado no capítulo da impetuosidade física.
De acordo com a Datafolha divulgada pela Folha de São Paulo, desde a entrada de Scolari, o Palmeiras é a equipa mais penalizada pelos árbitros - daí as queixas de Felipão - com cinco expulsões e uma média de 2,2 cartões amarelos por jogo. Antes da entrada de Scolari a média de cartões era de 1,75 e apenas um jogador tinha sido expulso .
O grande objectivo de Scolari é conseguir a qualificação para a Taça Libertadores 2011, seja através do campeonato ou da Taça Sul-Americana. Mas assim está difícil.
Caso: Comissão para a justiça desportiva Laurentino veta Ricardo Costa
Laurentino Dias impediu que Ricardo Costa fizesse parte da Comissão para a Justiça Desportiva, que é presidida pelo juiz-conselheiro José Manuel Cardoso da Costa, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Segundo apurou o CM, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que assiste hoje à primeira reunião da Comissão, no Salão Nobre do Ministério da Justiça, em Lisboa, não terá apresentado quaisquer razões para vetar o nome do ex-presidente da Comissão Disciplinar da Liga. Laurentino terá ainda sugerido o nome de José Guilherme Aguiar, que também acabou por não integrar um órgão que, segundo o Ministério da Justiça, "tem como objectivo primordial promover uma adequada conexão entre a justiça e o desporto. "Terá como tarefa a formulação de propostas de diplomas legais com vista a uma justiça desportiva especializada, uniformizada e simultaneamente mais célere e segura" e poderá criar os fundamentos legais para a criação de um tribunal desportivo.
Além de Cardoso da Costa, fazem parte da comissão João Leal Amado, Pedro Gonçalves, Alexandre Miguel Mestre, José Luís Seixas, Júlio Vieira Gomes, Luís Paulo Relógio, Miguel Nogueira Brito e Rui Botica (membro do Tribunal Arbitral do Desporto, sediado na Suíça), todos "juristas de reconhecido mérito", segundo o Ministério da Justiça.
Sérgio Castanheira, adjunto do secretário de Estado da Justiça, João Correia, irá acompanhar os trabalhos da Comissão.
Contactado pelo Correio da Manhã, Ricardo Costa não quis prestar declarações.
Já fonte do gabinete de Laurentino Dias adiantou que a composição da Comissão para a Justiça Desportiva "resultou de um consenso entre as secretarias de Estado do Desporto e da Justiça".
Que radiografia tira ao actual Estado da Nação? “Eu acredito no que diz o professor Medina Carreira, que o país está a caminhar para a bancarrota, para a falência. E que os investimentos que estamos a fazer não aumentam a competitividade de Portugal a nível internacional, só aumentam a nossa dívida externa em vez de aumentarem a nossa ...capacidade competitiva. Isto tem que ser alterado. Por outro lado, não percebo porque é que há tanto entusiasmo com uma possível união com Espanha, quando podemos ter uma ligação mais íntima com os países do Arco do Atlântico, a Bélgica, a Holanda, a Suécia, países com uma dimensão próxima da nossa e com os quais seria mais fácil uma cooperação próxima. Isto embora eu considere que uma colaboração com Espanha em certos aspectos seja indispensável sobretudo no campo da agricultura." Jornal 24horas de 03-10-2009