terça-feira, 17 de abril de 2007

Andar para a frente... ou para trás?





Homens não foram mais favorecidos do que os chimpanzés na evolução natural

Uma comparação genética efectuada entre humanos e chimpanzés mostra que este último, o mais semelhante com o homem, sofreu várias mutações positivas dos seus genes desde que os dois primatas divergiram do seu antepassado comum

Segundo um estudo hoje divulgado, foram comparados 14 mil genes humanos e de chimpanzés e descobriu-se que os últimos evoluíram bastante, segundo a lei darwiniana da selecção natural e da evolução, desde a sua separação há 6,5 milhões de anos.

Esta conclusão contradiz a ideia até hoje mais comum segundo a qual os humanos, que têm um cérebro maior e capacidade mental mais avançada, eram especialmente favorecidos pela selecção natural, afirma Jianzhi Zhang da Universidade do Michigan e um dos autores desta investigação.

Os autores deste estudo descobriram também que o processo de selecção positiva se produziu em genes diferentes nos humanos e nos chimpanzés.

A maior parte destes genes nos humanos está ligada às doenças hereditárias, ao metabolismo e ao transporte das moléculas através das membranas celulares.

Os investigadores concluem que os resultados dos seus estudos indicam que ainda há muito a aprender sobre os traços genéticos dos humanos e dos chimpanzés.

O homem e o chimpanzé, que partilham 99 por cento dos mesmos genes, descenderam de um antepassado comum, há seis milhões de anos atrás.

Lusa/SOL


Não será altura de repensarmos a nossa evolução? Sei que não será pacifico o tema mas já paramos para pensar nas consequências nomeadamente da medicina ou da tão propalada "racionalidade"(seja lá o que isso for)?

O homem ao instituir uma panóplia de principios éticos como a adopção ou a compulsiva fixação de gerar e proteger pessoas com deficiências e com a evolução da medicina prolongou a vida humana e deu uma hipótese a quem, no mundo natural, nunca a teria.Tudo o que ficou dito é até muito louvável mas pode ter como consequência um preço a pagar demasiado alto...
Senão vejámos: a população mundial está a crescer a um ritmo incontrolável, com a consequência inevitável da falência dos sistemas de segurança social e, mais importante ainda, com recursos cada vez mais escassos para uma população em exponencial crescimento, e isto porque em pouco mais de um século a esperança média de vida passou para mais do dobro...
Por outro lado, e apesar de meritórias, as iniciativas de solidariedade nomeadamente a adopção dos mais desprotegidos e o tentar a todo o risco salvar vidas de pessoas portadoras de deficiências tem contribuido, principalmente este última, para que o ser humano tenha prevertido e deturpado todo o mecanismo da selecção natural defendido por Darwin.

Em última análise, e sem alarmismos bacocos, podemos estar a caminhar gradual mas perseverantemente para a degradação do património genético da humanidade, pois não são já os genes mais fortes os que passam para a geração seguinte mas antes os mais protegidos, com a inevitável consequência da extinção da espécie segundo o paradigma darwiniano.

E vocês clandestinos, que pensam disto?

7 comentários:

Unknown disse...

Acho um absurdo! Nao respondo mais porque nao tenho tempo para falar sobre isso. Mas fica já aqui a minha palavra, absurdo!!! Teorias fascistas e animalescas.

Anónimo disse...

Ah..

Se compararmos esses genes animalescos com os genes de um italiano... Talvez as respostas sejam diferentes.

Isto porque em Itália é que as coisas são feitas!!

Anónimo disse...

Calma Sami, só estava a pedir a opinião acerca do nosso desenvolvimento enquanto espécie, não é nenhuma teoria fascizóide, o que acho que não podemos fazer é enterrar a cabeça na areia e não debater assuntos que daqui a 20\30 anos vão estar na ordem das preocupações, aliás este estudo já lançou a polémica nos EUA precisamente por abalar as crenças enraizadas acerca do bem e do mal, como tal, ao postar esta noticia fui até contra as minhas tendências conservadoras tentando abalar consciências muito ao estilo da política que se encontra nos antipodas das minhas tradicionais manifestações de opinião.

Unknown disse...

Agora que afastas-te o fantasma do fascismo que paira sobre os teus ombros podemos falar mais a sério.

Sinceramente parte do paleio cientifico que este gajo utiliza até pode ser verdade. Mas dizer que: "e descobriu-se que os últimos evoluíram bastante, segundo a lei darwiniana da selecção natural e da evolução" é uma barbaridade. Quem é que ainda tem o corpo corpo coberto de pelo? Quem é quem tem 6 bilioes de espécies a viver agora, quando à 200 mil anos existiam apenas cerca de 10 mil Homens? Quem é que está a entrar em extincao? Acho que critérios de seleccao natural referem a lei do mais forte. Neste aspecto o ser humano é sem dúvida o mais forte desta era.

Anónimo disse...

Pois, mas apesar da razoabilidade daquilo que escreves (subscrevo a tua opinião praticamente na totalidade) o que pode estar em causa é a sustentabilidade do crescimento da espécie pois se analisarmos bem a história da humanidade, nós só por cá andamos à 1 piscar de olhos e temos efeitos insondáveis no ambiente, como mais nenhuma outra espécie alguma vez teve apesar de muitas terem dominado o mundo muito mais tempo que nós, caminhamos portanto às cegas com uma agravante essencial que é a de crescermos continuamente em quantidade e não em "qualidade" como praticamente todas as espécies devido ao efeito que a selecção natural tem sobre elas( quem não se lembra do Matrix em que a espécie humana era comparada a um virus devido aos seus factores de crescimento e destruição ambiental ).Mais, nas sociedades comtemporâneas são até os mais capazes os que normalmente perecem pois são convocados para guerras e são menos protegidos do que os que têm menos capacidades( "porque tb não precisam", dirá o povo).
Em última instância não será a guerra nem o crescimento demográfico que constituirão óbices à sobrevivência da espécie mas sim uma enorme pandemia que encontrará terreno fértil na nossa espécie privada de selecção natural à séculos, pelo menos foi com essa impressão que fiquei do estudo...

Nox disse...

Há coisas que são bem feitas lá... e muitas! È bella!

Anónimo disse...

Caro Samuel, essa de o ser humano ser o ser mais forte desta era é no minimo muito discutivel.
É reconhecido pelas mais altas esferas cientificas mundiais que os insectos são neste momento os seres com maior capacidade de sobrevivÊncia, e logo o mais forte...
quanto à quantidade, devo dizer que o homem branco(ou caucasiano) está pela primeira vez desde há largos milhares de anos em decréscimo, querendo isto dizer que se está a diminuir a diversidade, reduzindo-se por conseguinte a capacidade de sobrevivência (a muito longo prazo).
quanto a evolução é muito discutivel, pois apesar da superior inteligência, a raça humana está desde há largos anos a provocar a degradação do seu habitat. Isto para mim é a forma mais avançada de anti-inteligência, e consequentemente de retrocesso, como diz o povo, estamos a cavar a nossa própria sepultura.