terça-feira, 17 de junho de 2008

Alemanha: o que esperar...


Alemanha ao raio-x: haverá muita vida para além de Ballack?


Ver como Portugal como favorito unânime para o jogo com a Alemanha soa a armadilha. Longe de uma visão sobranceira sobre o actual valor da selecção germânica, importa destacar pontos fortes e fracos do próximo adversário de Portugal. Uma equipa ainda em adaptação ao sistema, enquanto Scolari tem o seu 4-3-3 perfeitamente consolidade. Assim, será que há muita vida para além do génio Ballack?


Defesa: Lehmann transmite segurança pelo ar e elasticidade suficiente entre os postes, mas pode falhar nas saídas da baliza e nos remates de meia distância. Lahm é soberbo, sem dúvida, e está um nível acima dos restantes companheiros de sector. Não compromete defensivamente e acrescenta profundidade ao ataque, a tempo inteiro. Aliás, em velocidade, é o principal desequilibrador da equipa. Começou na direita mas passou para a esquerda, relegando Jansen para o banco de suplentes. O jogador do B. Munique não justificou a aposta nas duas primeiras jornadas. Friedrich, frente à Áustria, esteve ligeiramente melhor, apesar de um erro comprometedor. A falta de rins de Metzelder e Mertesacker deve ser explorada.

Meio-campo: Fritz foi promovido a médio direito, para conferir estabilidade ao sector intermediário e cobrir as subidas de Lahm, nas duas primeiras jornadas. Olha, sobretudo, para trás e para o centro, denotando alguma falta de adaptação à posição, com prejuízo para a profundidade atacante por aquele flanco. Ao centro, Frings tem grande qualidade mas nem sempre está bem ou tem o apoio desejado. Sabe tratar bem a bola e tem um pontapé temível. Cuidado. Ballack também ocupa o miolo e está sempre à espera de um momento para brilhar. Tremenda mais-valia para a Alemanha. A disposição táctica e a marcação apertada condicionam o seu desempenho.


Ataque: Podolski surge neste sector por ter apontado três dos quatro golos da Alemanha na primeira fase (a bomba de Ballack frente à Áustria completa o registo), mas tem sido uma das opções mais criticáveis de Joachim Low. Ali, encostado ao flanco esquerdo naquele tipo de 4-4-2, acaba por ser contraproducente. Não compensa o lateral e apenas Lahm aguentou a bronca. Depois, com duas torres da área, não tem características naturais para conquistar a linha. Deriva invariavelmente para o centro, por onde andam Klose e, quando pode, Ballack. Gomez completa o ataque, mas não se movimenta, não tem alas para servir o seu jogo aéreo e já nem ele perceberá a insistência de Low. Ganha o prémio do maior falhanço do Euro2008.



Ponto forte: Bolas paradas! Torna-se redundante falar dos lances aéreos, mas os centímetros de Gomez impõem respeito. Depois, há Mertesacker, Metzelder, Klose, Podolski. Gente a mais para a baixa selecção portuguesa. Nos livres, basta recordar aquela espécie de aviso de Ballack, frente à Áustria. Ricardo à prova. Nos lances corridos, até ao momento, destacam-se apenas as corridas de Lahm e as deambulações de Podolski, fugindo do lateral para surgir na zona entre o trinco e os centrais adversários.


Ponto fraco: Sistema táctico. Low ainda não conquistou unanimidade e a forma como preparou a Alemanha para esta fase final do Europeu não contribui para a causa do treinador. Lahm precisa de outro lateral do mesmo nível, os centrais têm características semelhantes e, entre o meio-campo e o ataque, há muita coisa que parece bem no papel, mas origina tremendos choques no relvado. Esperam-se mudanças frente a Portugal. Schweinsteiger, um atípico alemão com criatividade pelos flancos, regressa após castigo e deve saltar para o onze. Podoski está em dúvida. Se não recuperar, a troca é directa. Caso esteja em condições, Gomez poderá ser finalmente sacrificado, para restaurar alguma consistência no 4-4-2 de Low, com Podolski a par de Klose na frente.


in Maisfutebol

8 comentários:

Anónimo disse...

http://youtube.com/watch?v=1Iwr2HMQbXA

Nox disse...

Para mim o Lham é um jogador muito bom jogador e já tinha reparado nele no mundial 2006.

Podemos também aproveitar a crise interna na Alemanha. Passo a explicar:
O Klose quando foi tranferido para o Bayern foi-lhe assegurada a titularidade até 2009 (!!!) mas agora o clube também quer comprar o Gomez e o agente deste, obrivamente, que disse que Bayern teria que diminuir ese "direito" que o Klose possui. Agora o Bayern está a tentar convencer o klose a diminuir essa titularidade.

Claro está que isso nota-se dentro do campo não jogando os 2 em prol da equipa tentando queimar um ou outro. E o Ballack antes do jogo contra a Austria reuniu-se com eles para por ordem na equipa.

Nao sabemos se o conseguiu mas é certo que depois do falhanço escandoloso do Gomez este não deverá jogar.

Estará a equipa alemã frágil internamente?

Anónimo disse...

Bem, estrategicamente está mal de certeza pois jogar com 3 pontas de lança ainda por cima com o melhor deles encostado à linha, até parece que existem mais interesses por lá do que por cá, incrivelmente...

Nuno disse...

Para quem tanto me chateou com a Itália (eles sabem quem são) o Donadoni manda-vos um abraço!

Anónimo disse...

vamos masé mostrar a esses nazis como é que se joga à bola !

Anónimo disse...

É tudo nosso!!

O Oliveirinha... Ninguém se esquece dele!!

Anónimo disse...

Frings quase certo de fora contra nós e podolsky em dúvida...

Anónimo disse...

Frings ok! Podolski...quase.

Os alemaes:

Estao como nos. Se jogarem do mesmo modo que jogaram contra a Austria nao tem grandes hipoteses. Mas como a Alemanha, e sempre a Alemanha.... Vai ser dificil. Vamos a ver!!