sábado, 26 de fevereiro de 2011

Wikileaks













EUA arrasam Ministério da Defesa e militares portugueses
Por Redacção

A Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa arrasa o Ministério da Defesa português, afirmando-se que se move «pelo desejo de ter brinquedos caros» sustentado por um complexo de inferioridade por sentir ser mais fraco que os aliados e que compra armamento «por uma questão de orgulho, não importa se é útil ou não», exemplificando com os dois submarinos e os 39 caças adquiridos pelo nosso País.

As críticas estão inscritas nos telegramas secretos de um pacote de 722 documentos libertados pelo site Wikileaks que a partir deste sábado são revelados pelo jornal Expresso.
As críticas não se resumem ao Ministério, abrangendo toda a estrutura militar nacional.

«Os militares têm uma cultura de status quo em que as posições-chave são preenchidas por carreiristas que evitam entrar em controvérsias, em vez de serem preenchidas com pensadores criativos, promovidos pelo seu desempenho. Espera o tempo suficiente, dizem-nos os oficiais, e chegarás a coronel ou general. Esta cultura fomenta um pensamento adverso a correr riscos e um corpo de oficiais superiores para quem adiar uma decisão é quase sempre a melhor decisão», lê-se num dos telegramas datado de 5 de Março de 2009.

Num outro documento, de 10 de Março, o embaixador norte-americano em Lisboa, Thomas Stephenson, tece considerações pouco abonatórias sobre o então ministro da Defesa, Severiano Teixeira.

«Fraco, não muito respeitado pelas chefias militares, ridicularizado pela imprensa e com pouca influência dentro do Governo português», escreve Stephenson, elogiando, porém, o secretário de Estado da Defesa João Mira Gomes:

— Era notório como Teixeira hesitava com frequência enquanto falava, olhando para Mira Gomes à procura de apoio.

O ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, reagira já à divulgação dos documentos, não escondendo a sua indignação.

«A minha posição é de condenação. A confidencialidade desses e doutros documentos é necessária para que os países assegurem a liberdade e segurança das suas populações. As democracias publicitam informação, incluindo informação secreta, mas passados vários anos, passado o prazo necessário para que os motivos que levaram à classificação de informação como secreta, confidencial ou reservada tenham deixado de existir», afirmou o governante.

3 comentários:

Sá Rocha disse...

Gostei deste artigo, que até saiu na bola, porque pelos vistos as nossas chefias militares seguem velhas tradiçõs portuguesas....

DUXXI disse...

O q o americano escreve..é o q a maioria da população portuguesa pensa.. Portanto, normal!

De salientar que foi escrito tb q, Portugal deveria apostar mais em fragatas pra supervisionar a costa nacional.

Mais uma vez... O q s tem dito!

Nox disse...

Basicamente disse o que toda a gente pensa!
Fez o retrato de um pais que olha mais para o status e bens de luxo do que para a realidade.

O meu cartoon favorito ilustra bem esta situação:
"Um simple americano vê um gajo num Jaguar e pensa: "Um dia também eu vou ter um Jaguar!!". Um simples português vê um gajo num Jaguar e pensa: "este filho da P*** devia era andar a pé como eu".

Isto ilustra bem o pais de invejas que temos.