A Grande Entrevista do Major Valentim

Valentim Loureiro foi entrevistado por Judite de Sousa sobre as acusações do processo Apito Dourado. No final, penso que ninguém ficou com dúvidas quanto ao julgamento: culpado.

Vamos por partes:

Quando Judite Sousa o afrontou com a primeira gravação telefónica, feita pela PJ, Valentim disse que teve aquela conversa para confortar o presidente do Gondomar e que nunca teve a intenção de pressionar Pinto de Sousa:Nem vale a pena discutirmos isso. Podem consultar o arquivo deste bolg e ler as conversas antes do jogo em causa, no dia do jogo e depois do jogo. Confrontado com estas gravações, se calhar nem o Major tinha argumentos para as contestar.

Foi também visível que Valentim Loureiro tentou sempre atirar para cima do seu vice-presidente da Câmara, José Oliveira, toda a culpa dos pedidos feitos a Pinto de Sousa. Para quem não sabe, a filha de Valentim Loureiro é casada com um sobrinho de Pinto de Sousa. Valentim conhece Pinto de Sousa há mais de 30 anos e José Oliveira conhece-o desde que Valentim o levou para a Câmara de Gondomar. Em relação à eleição de Pinto de Sousa para o Conselho de Arbitragem da FPF, Valentim disse que nada teve a ver com isso. Só mesmo quem não conhece os meandros do futebol pode acreditar nisso. Antes de qualquer eleição na FPF, toda a gente sabe que os lugares são negociados e isso tem sido público, assim como as guerras estabelecidas pela distribuição dos mesmos a troco de votos. Toda a gente se lembra dos “chitos” de Adriano Pinto.

Valentim garantiu que nunca falou com árbitros e confrontado com a gravação da sua conversa com Jacinto Paixão, como sempre, tentou ludibriar o público e a Judite. Foi pena ela não estar por dentro das coisas do futebol, senão tinha-lhe perguntado se também foi mentira a conversa que teve com Paulo Batista no jogo da Naval 1º de Maio e com outros, tais com Rui Mendes e muitos mais.

Valentim gritou, barafustou, mas de nada lhe adiantou. Não conseguiu esconder a sua culpa.Garantiu que não vai ser condenado e que confia no Tribunal da Relação do Porto. Não duvido. Tenho em minha posse um documento feito pela mão do seu filho, João, endereçado a uma bruxa brasileira na qual pede protecção para gente amiga. Entre várias personagens, está lá o Tribunal da Relação do Porto. Ele lá saberá porquê.