quinta-feira, 26 de abril de 2007
Aznar entre nós...
José María Aznar aponta "erro e fracasso" do multiculturalismo
26.04.2007 - 12h12 Lusa
O ex-presidente do governo de Espanha José María Aznar afirmou ontem, no Porto, que "o multiculturalismo na Europa é um grande erro e um grande fracasso".
"Dizem que o multiculturalismo é o exemplo máximo de tolerância. Não é verdade. Haver uma lei igual para todos é que é tolerância", afirmou Aznar, numa conferência promovida pela sociedade de consultores de comunicação Cunha Vaz & Associados e pela Associação Comercial do Porto.
José María Aznar referiu que João Paulo II foi "o líder político mais importante" que conheceu, por ter sido "decisivo para a queda do comunismo", mas elogiou também "a inteligência" do sucessor do Papa polaco, Bento XVI. Para o antigo presidente do governo espanhol, Bento XVI proferiu "a frase mais inteligente" de entre todas as que ouviu nas "centenas de discursos" sobre os 50 anos do Tratado de Roma, ao afirmar que "a Europa está condenada a ser inexistente".
"Não é um exagero. O Papa sabia bem por que o dizia. A primeira preocupação de um líder europeu deve ser a catástrofe demográfica da Europa", sublinhou Aznar, manifestando-se céptico na resolução deste problema "apenas com políticas de imigração". "Como é que se pode formar a Europa, se no futuro não vai haver europeus? Uma Europa com dez por cento de imigrantes é o mesmo que com 40 por cento? Uma Europa com cristãos em maioria é o mesmo que sem cristãos em maioria?", questionou.
Na opinião do ex-líder do Partido Popular espanhol, "o alargamento da União Europeia não pode ser uma coisa eterna, interminável", pelo que é necessário clarificar "quais são as fronteiras da Europa". "Bento XVI definiu muito bem os males do Mundo: o fundamentalismo e o relativismo. O fundamentalismo é um dos grandes perigos do Mundo, mas também o relativismo, a ausência de valores, a ideia de que tudo é igual, que a responsabilidade é uma coisa sem sentido", salientou.
Aznar teceu também breves considerações sobre economia, defendendo que "é possível e recomendável baixar os impostos" num país que esteja a combater um défice excessivo. "Fiz isso duas vezes. E essa baixa dos impostos resultou em mais crescimento, mais emprego e mais prosperidade", realçou.
Apesar de não defender a vergonhosa atitude que tomou, e que de resto lhe custou a reeleição, ao mentir acerca do 11 de Março, trata-se na minha opinião de um dos mais capazes lideres europeus, como tal as suas palavras sempre nos servirão como estimulo à reflexão...
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5 comentários:
Acho que sim...
Mas essa, ainda não é a questão...
Este pacheco pereira ou é etarra ou então ainda está bêbado das comemorações do 25 de abril...
Mas essa também, ainda não é a questão?
Aznar conseguiu fazer da Espanha uma potencia próspera na Europa. Não admira: com um discurso coerente e muito esclarecido mostra que tem uma visão objectiva e contundente. Como pode a Europa crescer se não tiver identidade própria? Foi das entrevistas mais interessantes que li (ver jornal sol).
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