Algo se passa de estranho no habitualmente blindado balneário do FC Porto para que, numa fase tão importante do campeonato, o pai de um jogador possa vir para os jornais afirmar que o seu filho (Bruno Moraes) está farto do treinador e quer sair.
Os pais dos jogadores brasileiros, como aconteceu com Diego, têm esta forma politicamente incorrecta de estar no futebol. Numa análise simplista, quer-me parecer que o balneário do FC Porto, apesar das presenças de João Pinto e Rui Barros (dois bastiões da mística), anda a pagar o excesso de brasileiros que lá acampam. Ele é o Helton, o Pepe, o Assunção, o Jorginho, o Ibson, o Moraes, o Alan, o Anderson... Já foram mais, é verdade, mas pelos vistos continuam a ser muitos. E com Vítor Baía atirado apenas para a condição de suplente de Helton tudo fica ainda mais complicado.
Veremos se Jesualdo se mantém mesmo ganhando o campeonato. Ou se Pinto da Costa arrisca ao apostar em Baía para treinador principal do FC Porto ou na condição de adjunto de Domingos Paciência. Quem ia ficar contente com isto era o Fernando Santos, não aquele que estão a pensar mas o homem que descobriu, em Leça da Palmeira, estes dois talentos do futebol e que os levou para o FC Porto.
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