Um construtor civil português, de 27 anos, apanhado 38 vezes nos últimos dez meses pelos radares da polícia de tráfego espanhola a conduzir o seu automóvel a 230 km/h, foi condenado na passada sexta-feira, por um tribunal da Galiza, a um ano de prisão efectiva e proibido de conduzir nos próximos quatro anos.
Ricardo Manuel, que reside em Vigo e divide a sua actividade profissional entre o Norte de Portugal e a Galiza, foi, ainda, condenado ao pagamento de 7300 euros de multa. A condenação, por condução perigosa, foi reduzida na sequência de um acordo entre o empresário e o fiscal espanhol Carlos Gil, que tinha pedido inicialmente quatro anos de cadeia.
Durante o julgamento, o construtor civil alegou "a necessidade de deslocar-se rapidamente, devido às numerosas obras sob a sua supervisão em Espanha", embora tenha reconhecido que o fez para "vencer o cansaço", tendo, no entanto, referido, que "nunca teve nenhum acidente".
Os 38 excessos de velocidade detectados pelos radares espanhóis, sete dos quais acima dos 200 km/h, registaram-se entre Maio do ano passado e Fevereiro último, nas estradas da Galiza, Huelva e Castillla-León. Mas o "recorde" de 230 km/h foi alcançado na Estrada A-52, em Ourense, numa via cujo limite de velocidade é de 120 km/h. O empresário diz que a pena "prejudicará a sua profissão" e que não sabe "como contornar o problema".
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