È vergonhoso que um ex-presidente do Vitória de Guimarães, no caso Pimenta Machado, tenha de utilizar no “Record” o direito de resposta, para repor a verdade de relatos relacionados com passagens no decorrer do seu julgamento.
Todos sabemos que o editor do Porto deste diário desportivo, Marco Aurélio, desde há muitos anos mantém uma guerra-fria com o ex-presidente do Vitória. Marco Aurélio nasceu para o jornalismo desportivo como correspondente do “Record” em Guimarães e foi nesse tempo que se incompatibilizou com Pimenta Machado. Logo que este assumiu o poder, o ex-presidente do clube vimaranense nunca mais teve sossego.
Claro que não é Marco Aurélio que tem feito a cobertura das sessões de julgamento, mas não somos parvos ao ponto de não sabermos como se controla à distância a tendência de um correspondente. Para quem tem assistido às várias sessões de julgamento e depois lê no Record o relato dos acontecimentos, só tem de pensar duas coisas: ou o jornalista que escreveu não sabe o que está fazer nem entende o que se passa, ou tendenciosamente quer transmitir uma ideia que claramente prejudica Pimenta Machado.
Sobre a nota em causa, estávamos na sessão onde foi discutido o depósito de dois cheques no valor de 34.347.909$00 na conta pessoal da mulher de Pimenta Machado, mas ficou claramente provado que nessa altura, o presidente do Vitória era credor de cerca de 50 mil contos e que esse dinheiro entrou na contabilidade para que fosse deduzido no seu crédito.
Quem não entendeu isto é burro que nem uma porta, ou tendencioso.
Também li noutra altura, um outro relato, no qual se dizia que Pimenta Machado tinha levantado num banco, pessoalmente, 18 mil contos e que ninguém sabia para onde tinha ido esse dinheiro. Pois desde o inspector da PJ que fez a investigação, até aos empregados e gerentes bancários que testemunharam em tribunal, todos foram unânimes em dizer que o dinheiro não foi levantado por Pimenta Machado e que este nunca tinha levantado um tostão sequer naquela instituição bancária.
Ficou ainda claramente provado que esse dinheiro foi levantado nesse banco, por um funcionário do Vitória que o depositou no mesmo dia, na mesma hora e no mesmo banco, numa conta do clube referente ao saco azul. Pois li no Record que Pimenta se tinha abotoado aos 18 mil contos. Se algumas dúvidas tinha em relação à dualidade de critérios utilizados neste jornal em relação a Pimenta Machado, deixei de as ter, quando me apercebi que um homem com a história de Pimenta Machado no nosso futebol, tenha de recorrer ao direito de resposta para repor a verdade.
Tenham vergonha do jornalismo que fazem.
3 comentários:
Tás cá um pimentista Berto...
Pimenta, és um santo!!!
A situação exposta aqui é óbvia, e só não a vê quem não quer!
O jornalismo foi criado sob o lema da imparcialidade. O jornalista tem que ser neutro. São as bases fundamentais de uma boa impressa, seja ela escrita, falada, ou qualquer outro meio.
Agora, vem um zé-ninguém, só porque este lhe tratou mal ou não lhe fez a cama para ele se deitar dizer, em voz alta e em bom som, que o indivídio em causa, e seja ele quem for, que é mau, corrupto e ou culpado pelo crime pelo qual ainda está a ser julgado...
Agora imaginem, se fosse "O Jogo" a mandar tamanha barbaridade!! ;)
Enviar um comentário