Transferência de Guga investigada

A Polícia Judiciária está a investigar a contratação de Guga que em 2000 assinou contrato com o Guimarães, mas a investigação não se resume à época da contratação, mas ao pagamento que foi feito ao Lageadense, clube brasileiro, em 2004, já depois de Pimenta Machado ter saído do clube vimaranense.
A PJ tem ouvido diversos dirigentes relacionados com o negócio a pedido de uma carta rogatória da justiça brasileira dado que existem dúvidas em relação às verbas que foram pagas e as recebidas. Muito embora esta investigação tenha surgido por acção directa da justiça brasileira, não está colocada fora de hipótese a possibilidade da PJ também poder investigar o negócio com base em declarações prestadas por diversos intervenientes neste negócio em Portugal.
Guga foi contratado por Pimenta Machado em 29 de Janeiro de 2001 ao clube Legeadense, comprometendo-se o Vitória a pagar 600 mil dólares por um período de três anos de empréstimo do jogador. Ou seja, o Vitória pagou por cada ano, 200 mil dólares. Coube a Pimenta Machado pagar as duas primeiras prestações e a última ficou a cargo da direcção presidida por Vítor Magalhães e da qual fazia parte, como presidente adjunto, Emílio Macedo, actual presidente do clube vimaranense. Caso o Vitória resolvesse ficar com o jogador, o clube ficava comprometido a pagar 4 milhões de dólares, mas este acabou por assinar contrato com o Baovista. Os representantes do jogador eram José Ahsmuz e Vasco Santos, este último é o homem que trata de todas as aquisições na gestão de Emilio Macedo no Vitória de Guimarães.
Acontece que, na última prestação que o Vitória de Guimarães pagou ao Lageadense, foram passados 4 cheques 50 mil dólares e dois deles foram detectados numa conta bancária de José Macedo irmão do actual presidente. A razão para que tal tivesse acontecido, segundo nos garantem fontes ligadas ao processo, tiveram a ver com o facto do irmão do actual presidente do Vitória ter emprestado 100 mil dólares aos tais representantes do jogador e que foram pagos com os tais dois cheques.
È esta ligação que a PJ está a investigar. Lembramos no entanto, que Pimenta Machado foi julgado por crimes muito idênticos, muito embora tivesse ficado provado que havia uma conta-corrente entre o presidente e o clube, o que não é o caso do irmão de Emilio Macedo. Como acreditamos que na justiça não há dois pesos e duas medidas é muito provável que os negócios do Vitória continuem a ser investigados.