O presidente do Panathinaikos da Grécia deu hoje uma conferência de imprensa, na qual disse que o seu clube tinha a intenção de criar uma empresa de fundos de investimento de jogadores. Como é ilegal qualquer clube de futebol europeu ter empresas de fundos de investimento em jogadores, os jornalistas presentes nessa conferência de imprensa alertaram o presidente do Panathinaikos para esse facto e qual não foi a surpresa, quando este respondeu de pronto que deveriam estar enganados porque já existia um clube europeu com uma empresa do género e referiu tratar-se do FC Porto em Portugal e até o nome da empresa: First Portuguesse Football Player Fund.
Sendo assim, melhor se compreende o facto do FC Porto, no dia 23 de Janeiro ter vindo à pressa comprar a totalidade dos passes de quatro dos seus jogadores para evitar ter problemas a nível da FIFA . O que se sabe ao certo é que esta empresa detinha até à semana passada uma parte dos passes dos jogadores do FC Porto, Ivanildo, Paulo Machado, Ricardo Quaresma e Vieirinha, altura em que os “dragões” anunciaram a compra na totalidade desses passes. O que não se sabia e que o presidente do Panathinaikos assegurou é que a empresa de fundos pertence ao FC Porto.
Hélder Postiga foi cedido ao Panathinaikos e o presidente do clube Grego lá saberá do que fala. Esta denúncia pública poderá desencadear uma investigação para se ver a quem pertence de facto a First Portuguesse Football Player Fund.
7 comentários:
Que saudades tinha, destas coisas!!
Chegou ao fim a experiência do primeiro fundo de jogadores, o First Portuguese Football Players Fund. Um produto que ficou aquém das expectativas iniciais quer dos investidores, quer das SAD e que enfrentava agora a dificuldade adicional de contradizer, em alguns pontos, a nova regulamentação da FIFA em relação à gestão da propriedade dos direitos desportivos (ver texto nesta página).
Do ponto de vista das SAD (sobretudo das do Sporting e do FC Porto, embora também o Boavista tivesse cedido participações), o modelo de negócio revelou-se pouco interessante a partir do momento em que constataram que as mais-valias geradas pelas transferências foram de imediato resgatadas, ficando apenas uma pequena parcela para reinvestimento na participação em outros jogadores. Dinheiro perdido. "Não se verificou tanta disponibilidade para partilhar prejuízos e assumir riscos", concordam os responsáveis das SAD.
Para o Fundo, a menor volatibilidade do mercado de transferências e essa diferença de perspectiva em relação ao produto conduziriam inevitavelmente à liquidação que esta semana se concretizou com a recompra pela FC Porto SAD das participações do fundo nos direitos desportivos de Ricardo Quaresma, Paulo Machado, Vieirinha e Ivanildo. A Sporting SAD já anunciara também, há quatro meses, a revogação do contrato com este mesmo fundo. Segue-se a Boavista SAD.
Tratando-se de um produto financeiro novo, algumas das cláusulas contratuais poderiam também suscitar dúvidas do ponto de vista jurídico. O acordo firmado entre as SAD e o Fundo previa a partilha de informação sobre propostas de aquisição e a própria estratégia em relação a esses activos, estipulando um valor de referência a partir do qual as SAD seriam obrigadas a alienar os direitos desportivos dos jogadores ou a comprar a participação correspondente no Fundo.
Um modelo desajustado e que dificilmente poderá ressurgir em moldes idênticos, embora o anúncio dos responsáveis da Orey Financial de uma eventual aposta num novo produto de investimento no futebol.
Recorde-se que este fundo de investimento conseguira seduzir, nos primeiros anos de actividade (iniciada em 2001) quer os clubes - uma forma de se capitalizarem cedendo, sem grande risco ou restrições, uma parcela dos direitos desportivos de alguns dos seus jogadores de maior potencial e margem de progressão - quer os investidores.
Em Setembro
Sporting recomprou por 2,474 milhões
A revogação do contrato assinado pela Sporting SAD e pelo First Portuguese foi anunciado há quatro meses. A SAD leonina readquiriu as percentagens dos passes de João Moutinho (10 por cento), Djaló (28 por cento), Saleiro (26,5) e Labarthe (20) por 2,747 milhões que somava a uma dívida de 765 mil euros. O total (3,24 milhões) foi pago em acções da SAD, numa percentagem total de 7,36 por cento do seu capital.
Negócios de sucesso não tiveram sequência
Numa primeira fase, a venda de Cristiano Ronaldo ao Manchester United e, depois, de Hugo Viana ao Newcastle, proporcionaram um bom índice de rentabilidade a quem apostou no portfolio de jogadores do Sporting do First Portuguese Football Players Fund.
Mais tarde, em 2004, com a constituição do fundo do FC Porto, o investimento voltou a compensar. As transferências de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Pedro Mendes e Deco (pós-título europeu) proporcionaram uma valorização de 37,8 por cento das aplicações financeiras nas percentagens dos direitos dos jogadores.
Mas existiram outros investimentos sem nenhuma rentabilidade, ou que significaram prejuízos elevados, como sucedeu, por exemplo, no caso de Niculae. Uma vez que estavam estipulados valores de referência a partir dos quais os clubes teriam de vender ou recomprar as suas participações, verificaram-se algumas situações em que o fundo sentiu não ter o controlo sobre alegadas propostas que existiam para os jogadores. Conflitos de interesse, também nesse capítulo.
FIFA proíbe influências externas
No artigo 18º do Regulamento de Transferências, a FIFA estabelece muito claramente: "Nenhum clube deve firmar um contrato que habilite essa outra entidade ou uma terceira entidade a interferir ou influenciar no emprego, em assuntos relacionados com transferências, nas suas políticas ou nos desempenhos das suas equipas." Ora, os termos do contrato de Associação de Interesses Económicos assinados pelas Sociedades Desportivas e pelo First Portuguese Football Player Fund continha cláusulas que se poderia considerar violarem os regulamentos, ficando as SAD sob a alçada do Comité Disciplinar da FIFA. Sobretudo na medida em que estipula a obrigatoriedade de vender ou comprar os direitos, abrindo campo a uma hipotética especulação com repercussões no comportamento das SAD. Este regulamento obrigaria a dar um enquadramento totalmente diferente ao modelo de fundos desenvolvido pela Orey Financial.
Moutinho e Djaló foram resgatados
"A Sporting, SAD e o First Portuguese Football Players Fund chegaram a um acordo de princípio quanto aos termos e condições de revogação do Contrato de Associação de Interesses Económicos (CAIE) celebrado no dia 19 de Dezembro de 2001", comunicou ontem, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa gestora do futebol dos leões. A SAD passa assim a ser titular das participações até aqui detidas pelo fundo de investimento nos direitos desportivos do jogadores João Moutinho (10%), Yannick Djaló (28%), Marcelo Labarthe (20%), Paulo Sérgio (20%) e Carlos Saleiro (26,5%).
A Sporting, SGPS, "holding" do grupo empresarial do clube de Alvalade, assume a dívida para com o fundo, a qual é saldada com 7% do capital social da SAD leonina, em negócio estimado em cerca de 2,5 milhões de euros relativos à reposição do valor investido pelo fundo na partilha de percentagens dos direitos desportivos dos cinco atletas (1,75 milhões) e às mais-valias entretanto criadas (750 mil euros), o que se traduz no resgate da totalidade dos activos comparticipados.
De referir que apenas os jovens talentos João Moutinho e Yannick Djaló conferem retorno financeiro ao fundo de investimento, na medida em que os restantes jogadores não sofreram valorização na cotação do First Portuguese. O capitão do Sporting, que havia valido, à SAD, um encaixe inicial de 350 mil euros, representa agora o pagamento de 894 mil euros em acções da empresa do futebol, por ter o seu valor no mercado estimado em nove milhões de euros, enquanto Yannick Djaló, avaliado em dois milhões de euros, representou um investimento de 455 mil euros pelo Fundo, valendo agora o pagamento de 636,4 mil euros pela SAD.
Chega ao fim, assim, uma associação com quase seis anos de duração, que permitiu à SAD leonina a criação de liquidez sobre potenciais mais-valias que, por seu turno, acabaram por proporcionar um retorno positivo na ordem dos 23% aos investidores. Benéfico para ambas as partes, deixou de apresentar vantagens para o fundo e para o clube, pelo que a SAD retoma a totalidade dos direitos desportivos dos cinco jogadores ainda comparticipados, dois dos quais do plantel principal orientado por Paulo Bento, comprometendo-se à cedência de 7% do seu capital social aos investidores.
in ojogo.pt
SAD compra jogadores com acções
DJALÓ, LABARTHE, SÉRGIO, MOUTINHO E SALEIRO
A Sporting SAD adquiriu a participação que o First Portuguese Football Players Fund detinha em cinco jogadores, devendo o pagamento ser feito através de acções da sociedade anónima desportiva, anunciaram hoje os leões em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No documento é referido que a SAD e o fundo "chegaram a um acordo de princípio quanto aos termos e condições de revogação do contrato de associação de interesses económicos (CAIE) celebrado no dia 19 de Dezembro de 2001".
Com a revogação do contrato, a Sporting SAD "passará a ser titular das participações detidas pelo fundo nos direitos desportivos dos jogadores Yannick Djaló, Marcelo Labarthe, Paulo Sérgio, João Moutinho e Carlos Saleiro, bem como de todos os eventuais créditos futuros e quaisquer outras quantias que o fundo pudesse ser titular, seja a que título fosse, em razão de direitos respeitantes a todos os contratos de investimento celebrados entre a Sporting SAD e o fundo desde a data de entrada em vigor do CAIE até à presente data".
A First Portuguese SGPS, holding de negócios da área financeira do Grupo Orey
Mais uma tentativa de deitar abaixo o melhor clube do mundo!
É verdade!!
O Sporting também está metdo... Más companhias, digo eu!! ;)
Agora talvez se perceba o porquê, das boas relações entre o dois clubes...
o anonimo acima estava bem informado ;)
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