Era José Maria Pedroto treinador do Boavista e tinha também uma equipa de luxo, onde jogava o Alves “ luvas pretas”. O Boavista fazia os seus estágios no Hotel Miramar, bem junto à praia com o mesmo nome. O Alves era conhecido na equipa por “FRINCHEIRO”, porque durante os estágios tinha a mania de ir espreitar, umas vezes por fora outras por dentro, a vida íntima de casais ou então de raparigas hospedadas sozinhas.
Num desses estágios, passava já um pouco da meia-noite, Pedroto e o seu adjunto António Morais vieram dar um passeio até ao jardim do hotel.
Estava lua cheia. A sombra do edifício recortava o jardim e de repente, Pedroto viu a sombra de um vulto no recorte do telhado. Sem levantar os olhos, o “mestre” virou-se para o seu adjunto e disse: “Oh Morais entra devagar no Hotel e vai buscar aquele filho da puta do Alves que anda a “frinchar” no telhado o quarto daquela miúda que estava no bar.”
O “mestre” sabia tudo. Nem necessitou de olhar para adivinhar que era o Alves que andava na espreita.
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