Está mais desanuviado o ambiente em Guimarães. A vitória diante do líder de ocasião, deu maior margem de manobra a Cajuda mas essencialmente a uma direcção que vai caindo, passo a passo, em descrédito.Ainda assim, voltaram a ficar bem evidentes as carências de um plantel mal formado fruto do amadorismo revelado na planificação da temporada. De um treinador que, sustentado, numa pretensa e saloia lealdade foi dando o aval público às contratações que ele próprio desconfiaria, de um director desportivo com um passado nebuloso e sem qualquer prova de competência para o cargo e de um presidente refém dos seus próprios quadros que, por ingenuidade ou simplesmente por mera inaptência para o cargo, acabou por escolher.Espera-se é que a errada planificação seja pelo menos, em parte, corrigida nesta reabertura de mercado. A tal que representa invariavelmente uma “fuga” para quem, como diz Cajuda “trabalhou mal em Junho”. E aí reside a maior crítica que se poderá fazer ao actual treinador do clube. Por entre desculpas e péssimas justificações, foi adiando até ao limite do inacreditável a assunção de que houve erros tremendos na pré-temporada e de que o plantel é claramente inferior ao da temporada passada. Agora sim, finalmente, assumiu que houve mau trabalho de planeamento e que a equipa necessita de, no mercado, correr atrás do prejuízo. Não fosse, a óbvia e natural, simpatia – pela obra feita – conquistada entre a maior parte dos associados e esta inversão de discurso já tinha custado caro e já tinha feito como vítima talvez um dos menores culpados.Até porque não foi Cajuda que certamente apoio o desinvestimento incapotado. Até porque não foi certamente Cajuda que deixou sair de ânimo leve e com recompensas medíocres jogadores nucleares. Até porque não foi Cajuda que mudou na direcção de uma área do futebol que até então tinha conseguido resultados. Até porque não foi Cajuda que falhou em toda a linha na tentativa de estancar o passivo do clube e finalmente, também não foi apenas Cajuda (mas também) a revelar-se incompetente nas escolhas para a área da comunicação.Desportivamente ainda se vai a tempo de remediar, pese embora a época que deveria ser histórica se tenha tornado uma perfeita desilusão até ao momento. Financeiramente, estará nas mãos de quem dirige o clube encontra soluções, desde que estras não voltem a ser apenas a hipoteca dos activos, comprometendo a qualidade da equipa de futebol. Uma coisa parece certa. Desde há muito que o rumo escolhido parece claramente errado e não há motivos que me façam acreditar que vá ser alterado.
Carlos Ribeiro para o Futebolartte (agradecimentos ao autor que escreve normalmente no blog Vimaranes)
Subscrevo praticamente na íntegra o conteúdo do texto supra, com muita pena refira-se...
4 comentários:
Como calcularás, já somos dois...
Esqueci-me de referir também que nesse texto ainda falta pelo menos referir um tema que denuncia mais uma vez o amadorismo, a incompetência e mais meia dúzia de adjectivos pejorativos.
CALL ON ME
Tenho pena que tenha sido uma oportunidade em vão...
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