«Aproveito para vos anunciar que, enquanto for responsável por esta paróquia, não faço intenções de baptizar nenhum menino chamado Lucílio. Queiram dispor para tais propósitos dos serviços de uma paróquia vizinha», anunciou domingo o padre João José Marques Eleutério antes do tradicional «Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe».
Na missa dominical, celebrada todos os domingos às 12h30 na igreja do Rato, o pároco manifestou-se assim «incomodado» com a arbitragem de Lucílio Baptista no jogo da Final da Taça da Liga.
O árbitro tem sido criticado pelo Sporting por ter assinalado uma grande penalidade inexistente que aos 72 minutos deu o empate 1-1 ao Benfica, que acabou por conquistar o troféu no desempate por penalties.
«É verdade que sou sportinguista desde sempre e que falei, durante a missa, do resultado vergonhoso entre o Benfica e o Sporting», disse à Lusa o padre João Eleutério.
«Foi uma brincadeira e os paroquianos já sabem que eu gosto do Sporting e gosto de fazer piadas», disse o sacerdote, garantindo no entanto que nenhuma criança ficará por baptizar: «se não for eu, será outro sacerdote».
Sócio do Sporting Clube de Portugal e atleta durante vários anos, João Eleutério não consegue «ficar indiferente» ao clube.
«Custa muito perder da maneira que perdemos no sábado, frente ao Benfica. Vai ficar sempre a suspeita de que o árbitro não foi correcto», frisou o sacerdote.
João Eleutério não imaginou que o 'aviso' que fez no final da missa dominical seria objecto de crónicas em blogues e motivo de comentários por parte de alguns paroquianos.
«Foi mesmo uma brincadeira, mas a verdade é que o Sporting está constantemente a ser prejudicado pela arbitragem», disse à Lusa.
Na memória do sacerdote, tal como o último Benfica/Sporting, está ainda um jogo realizado há dois anos com o Paços de Ferreira.
«O Sporting perdeu o campeonato por ter perdido o jogo com o Paços de Ferreira, onde foi marcado um golo com a mão», finalizou o padre João Eleutério.
A substituição do Sporting pelo Paços de Ferreira na direcção da Liga de Clubes é a metáfora da trafulhice em que vive o futebol português. A verdade é que a direcção da Liga de Hermínio Loureiro – o dirigente “renovador” que não conseguiu afastar Valentim Loureiro do organismo que gere o futebol profissional em Portugal – conta agora com o mesmo Paços de Ferreira que, em 2006-2007, ao ter ganho por 1-0, em Alvalade, com um golo marcado com a mão de Ronny (certamente por percepção e intuição do árbitro assistente Pais António…), retirou um título ao Sporting. Mas o que é ainda mais irónico é que o árbitro assistente que, há três anos, não viu essa mão de Ronny a meter a bola dentro da baliza leonina, é o mesmo que, agora, viu Pedro Silva a cortar uma bola com a mão, quando, na verdade, apenas usou o peito. E o homem até estava no lado contrário, a acompanhar o ataque do Sporting... São estas supremas ironias que desmentem de forma categórica o bem intencionado Hermínio Loureiro, quando o presidente da Liga procura qualificar os erros dos árbitros como humanos. Neste contexto, a chamada do Paços de Ferreira à direcção da Liga – e não interessa saber o motivo dessa escolha – deixa transparecer um sinal do isolamento de Loureiro por razões pouco recomendáveis. Para todos os efeitos, estamos a falar de um clube (Sporting) que tem fortes razões de queixa das arbitragens que é substituído por um clube (Paços de Ferreira) que até já beneficiou dos ditos “erros humanos”…
4 comentários:
tanta Histeria por tão pouco...
Foi a gota de água... ;)
«Aproveito para vos anunciar que, enquanto for responsável por esta paróquia, não faço intenções de baptizar nenhum menino chamado Lucílio. Queiram dispor para tais propósitos dos serviços de uma paróquia vizinha», anunciou domingo o padre João José Marques Eleutério antes do tradicional «Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe».
Na missa dominical, celebrada todos os domingos às 12h30 na igreja do Rato, o pároco manifestou-se assim «incomodado» com a arbitragem de Lucílio Baptista no jogo da Final da Taça da Liga.
O árbitro tem sido criticado pelo Sporting por ter assinalado uma grande penalidade inexistente que aos 72 minutos deu o empate 1-1 ao Benfica, que acabou por conquistar o troféu no desempate por penalties.
«É verdade que sou sportinguista desde sempre e que falei, durante a missa, do resultado vergonhoso entre o Benfica e o Sporting», disse à Lusa o padre João Eleutério.
«Foi uma brincadeira e os paroquianos já sabem que eu gosto do Sporting e gosto de fazer piadas», disse o sacerdote, garantindo no entanto que nenhuma criança ficará por baptizar: «se não for eu, será outro sacerdote».
Sócio do Sporting Clube de Portugal e atleta durante vários anos, João Eleutério não consegue «ficar indiferente» ao clube.
«Custa muito perder da maneira que perdemos no sábado, frente ao Benfica. Vai ficar sempre a suspeita de que o árbitro não foi correcto», frisou o sacerdote.
João Eleutério não imaginou que o 'aviso' que fez no final da missa dominical seria objecto de crónicas em blogues e motivo de comentários por parte de alguns paroquianos.
«Foi mesmo uma brincadeira, mas a verdade é que o Sporting está constantemente a ser prejudicado pela arbitragem», disse à Lusa.
Na memória do sacerdote, tal como o último Benfica/Sporting, está ainda um jogo realizado há dois anos com o Paços de Ferreira.
«O Sporting perdeu o campeonato por ter perdido o jogo com o Paços de Ferreira, onde foi marcado um golo com a mão», finalizou o padre João Eleutério.
Lusa/SOL
A substituição do Sporting pelo Paços de Ferreira na direcção da Liga de Clubes é a metáfora da trafulhice em que vive o futebol português. A verdade é que a direcção da Liga de Hermínio Loureiro – o dirigente “renovador” que não conseguiu afastar Valentim Loureiro do organismo que gere o futebol profissional em Portugal – conta agora com o mesmo Paços de Ferreira que, em 2006-2007, ao ter ganho por 1-0, em Alvalade, com um golo marcado com a mão de Ronny (certamente por percepção e intuição do árbitro assistente Pais António…), retirou um título ao Sporting. Mas o que é ainda mais irónico é que o árbitro assistente que, há três anos, não viu essa mão de Ronny a meter a bola dentro da baliza leonina, é o mesmo que, agora, viu Pedro Silva a cortar uma bola com a mão, quando, na verdade, apenas usou o peito. E o homem até estava no lado contrário, a acompanhar o ataque do Sporting...
São estas supremas ironias que desmentem de forma categórica o bem intencionado Hermínio Loureiro, quando o presidente da Liga procura qualificar os erros dos árbitros como humanos. Neste contexto, a chamada do Paços de Ferreira à direcção da Liga – e não interessa saber o motivo dessa escolha – deixa transparecer um sinal do isolamento de Loureiro por razões pouco recomendáveis. Para todos os efeitos, estamos a falar de um clube (Sporting) que tem fortes razões de queixa das arbitragens que é substituído por um clube (Paços de Ferreira) que até já beneficiou dos ditos “erros humanos”…
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