Selecção: vénia à seriedade
Uma reflexão após o triunfo belíssimo de Zenica
Por Pedro Jorge da Cunha
Num país que gosta mais de clubes do que de futebol, nada melhor do que celebrar um triunfo da Selecção Nacional. Estes momentos, tão espaçados no tempo, têm o condão de nos lembrar que há vida neste desporto para lá da arbitragem, da clubite, da cegueira.
Os velhos do Restelo - personagens de grande protuberância no futebol português (e não estamos a falar de ninguém ligado ao Belenenses) - devem guardar o veneno para outras núpcias. Aqui, hoje, agora, temos de ser claros: Carlos Queiroz, a Selecção Nacional e a FPF estão de parabéns.
Os instrumentos de tortura verbal, os espartilhos da confiança e as penas crivadas de saudosismo bacoco têm de se submeter a um recolher obrigatório. Sem santinhas, sem mezinhas, sem agressões a atletas adversários, sem exemplos de arrogância e malcriadez para com a comunicação social (quem não se sente não é filho de boa gente), Portugal está no Campeonato do Mundo.
Tudo correu bem? O percurso só teve rosas, lírios e imagens de idílio? Não, claro que não. Depois daquele empate em Braga frente à Albânia, com um adversário inofensivo e reduzido a dez elementos, o mais óbvio era colocar tudo em causa. Mas no futebol há que olhar para lá do que se passa em 90 minutos.
Carlos Queiroz trouxe organização, trouxe método, trouxe seriedade. Estas valências não podem ser colocadas em causa por alguns jogos menos conseguidos. A equipa evoluiu, cresceu claramente ao longo da qualificação e acabou em beleza, a ameaçar a goleada no aclamado inferno de Zenica.
Sem ter uma geração de ouro à sua disposição (Figo, Rui Costa, Sérgio Conceição, Fernando Couto, Pauleta, por exemplo), Queiroz soube edificar o conceito de equipa. Retirou o conjunto dos escombros da desconfiança, sustentou-o e entregou-o à vitória. O que falta? Integrar Cristiano Ronaldo com harmonia nesta realidade. E continuar a ganhar, claro.
P.S. A jogar pessimamente, a ser escandalosamente ajudada pela arbitragem e a ter Raymond Domenech (esta personagem dispensa adjectivos negativos) no comando técnico, a França qualificou-se para o Campeonato do Mundo. É esta a tal seriedade que o senhor Platini tanto apregoa?
Num país que gosta mais de clubes do que de futebol, nada melhor do que celebrar um triunfo da Selecção Nacional. Estes momentos, tão espaçados no tempo, têm o condão de nos lembrar que há vida neste desporto para lá da arbitragem, da clubite, da cegueira.
Os velhos do Restelo - personagens de grande protuberância no futebol português (e não estamos a falar de ninguém ligado ao Belenenses) - devem guardar o veneno para outras núpcias. Aqui, hoje, agora, temos de ser claros: Carlos Queiroz, a Selecção Nacional e a FPF estão de parabéns.
Os instrumentos de tortura verbal, os espartilhos da confiança e as penas crivadas de saudosismo bacoco têm de se submeter a um recolher obrigatório. Sem santinhas, sem mezinhas, sem agressões a atletas adversários, sem exemplos de arrogância e malcriadez para com a comunicação social (quem não se sente não é filho de boa gente), Portugal está no Campeonato do Mundo.
Tudo correu bem? O percurso só teve rosas, lírios e imagens de idílio? Não, claro que não. Depois daquele empate em Braga frente à Albânia, com um adversário inofensivo e reduzido a dez elementos, o mais óbvio era colocar tudo em causa. Mas no futebol há que olhar para lá do que se passa em 90 minutos.
Carlos Queiroz trouxe organização, trouxe método, trouxe seriedade. Estas valências não podem ser colocadas em causa por alguns jogos menos conseguidos. A equipa evoluiu, cresceu claramente ao longo da qualificação e acabou em beleza, a ameaçar a goleada no aclamado inferno de Zenica.
Sem ter uma geração de ouro à sua disposição (Figo, Rui Costa, Sérgio Conceição, Fernando Couto, Pauleta, por exemplo), Queiroz soube edificar o conceito de equipa. Retirou o conjunto dos escombros da desconfiança, sustentou-o e entregou-o à vitória. O que falta? Integrar Cristiano Ronaldo com harmonia nesta realidade. E continuar a ganhar, claro.
P.S. A jogar pessimamente, a ser escandalosamente ajudada pela arbitragem e a ter Raymond Domenech (esta personagem dispensa adjectivos negativos) no comando técnico, a França qualificou-se para o Campeonato do Mundo. É esta a tal seriedade que o senhor Platini tanto apregoa?
in Maisfutebol
3 comentários:
O PLATINI É UM FILHO DA PUt*. Estava a fazer um post pra esse cabrão de merda! E vou fazer na mesma.
Já agora, o Jesualdo tem toda a razão no assunto de hoje. Se a Federação "exige" condições para a selecção jogar lá fora, devia primeiro olhar para nós próprios e exigir condições para se jogar em Portugal.
tá um artigo muito bem escrito...
não gostei de ouvir o "cheira bem, cheira a lisboa" na Luz...Quieroz tinha pedido um "Cheira bem, cheira a Africa do Sul"...
congratulo-me de já não ouvir o "e quem nao salta é lampião" nos jogos da selecção no Dragão...compreende-se o "berço da nação" em GMR...
já tinha dito que esta geração de futebolistas não é tão rica quanto a anterior, apesar de boa...
mas como será obvio, nunca conseguirei por a selecção acima do FCP nas minha prioridades!
CQ tem agora que preparar bem a logisrica antes do Mundial...a luta pelos melhores campos de treino parece já ter começado e ainda nem se realizou o Sorteio...
Estamos em sintonia.
Também já tinha lido este artigo de opinão e praticamente estou de acordo em tudo. Sem velinhas, sem santinhos, sem socos, sem 2 anos de prepraçao de uma selecçao para uma qualificação garantida, sem uma estutura já campeã europeia, e com críticas e mais críticas, o Queiroz conseguiu com serenidade levar-nos ao munidal. Na prática fez o que toda a gente queria.
Tb não consigo por a selecção à frente do FCP mas espero por um grande exito neste mundial!
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