segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Preocupante...


O texto que se segue demonstra vários sinais preocupantes do drama financeiro que começa a desenrolar-se em Portugal, o social se seguirá, infelizmente...

Para reflectir!


O Ikea de Loures, que vai abrir no primeiro semestre deste ano para formar a terceira loja da marca em Portugal, já recebeu 22 mil candidaturas. Ao todo, a nova loja vai criar 480 postos de trabalho directos.
«A IKEA, empresa sueca líder mundial no mercado de distribuição de móveis e artigos de decoração para o lar, já recebeu cerca de 22 mil candidaturas no processo de recrutamento dos colaboradores que formarão a equipa da terceira loja em Portugal, a IKEA Loures. Destas 22 mil candidaturas, cerca de 70% foram já consideradas aptas para continuar no processo de selecção da nova equipa IKEA em Portugal, facto bastante significativo considerando o número de pessoas envolvidas», avança a empresa num comunicado enviado à redacção da Agência Financeira.
A abertura do Ikea Loures representa a criação de 480 postos de trabalho directos, que se vão juntar aos mais de 1.100 que já compõem as equipas das lojas IKEA Alfragide e IKEA Matosinhos.
Até 2015, horizonte do Plano de Expansão do Grupo IKEA em Portugal, está prevista a criação de mais 4.500 empregos directos.
As mulheres estão em maioria neste processo de recrutamento, já que representam 62% dos candidatos, face aos 38% de homens, todos, na grande maioria de nacionalidade portuguesa (86%).
«A grande maioria dos candidatos à equipa da IKEA Loures tem entre 18 e 39 anos, sendo que o cluster 29-39 reúne cerca de 40% das candidaturas. Perto de 40% dos candidatos têm formação superior, sendo que o ensino secundário reúne cerca de 39% das candidaturas.
O processo de recrutamento decorre até ao próximo dia 28 de Fevereiro.

7 comentários:

Nuno disse...

Artigo interessante.
Devia haver um debate sobre o desemprego estrutural em Portugal. Até que ponto as licenciaturas que temos e a quantidade de licenciados podem ser absorvidos pela "qualidade" da nossa economia?

jm disse...

Vários pontos são preocupantes neste texto, desde logo a tomada de assalto do País por parte de multinacionais estrangeiras, depois a correria desenfreada (22 000 pessoas para 400 vagas) por parte de trabalhadores para um emprego (com o devido respeito) que não é certamente um emprego de sonho, a percentagem elevadíssima de licenciados a candidatarem-se a um salário mínimo ou pouco mais, enfim, muitas mais coisas se poderiam analisar a partir deste texto, estas são apenas algumas...

Nuno disse...

Só não partilho a tua opinião quando dizes que o país foi tomada de assalto por parte das multinacionais! O dinheiro e investimento estrangeiro é muito bem vindo ao nosso país!!! Os centros de decisao nao estão em PT mas pelo menos há dinheiro e dinamiza-se a economia. Com a globalizaçao nao temos alternativa.
Esta percepcao de "assalto" que existe é devido à falta de iniciativa e falta de agressividade da maioria dos empresarios portugueses.
Nao quero ferir susceptibilidades, mas a agressividade empresarial espanhola é bem diferente e assumem riscos, por isso é que entraram por PT e levaram quase tudo.
Enquanto continuarmos a chorar e à espera do D. Sebastião vamos dando tempo e espaço para que o outros entrem aqui à vontade.

De resto estou de acordo contigo quanto ao "desespero" dos portugueses para trabalhar e ganhar algum dinheiro.

DUXXI disse...

Um confronto de ideologias capitalistas e ultra-nacionalistas!! :P

Contudo Nuninho, Espanha também está a bater no fundo. Com uma taxa de desemprego assustadora e um elevado de insolvências e empresas sob administração governamental para tentar salvar alguns postos de trabalho.

Este capital estrangeiro que entra no país, tem de estar sob tutela de um protocolo/acordo entre a empresa investidora e o governo, de modo a que o último possa ter uma palavra sob o modo e as condições em que operam no nosso país.

Mota disse...

Já ouvi dizer que o Pinto Brasil é um burlão de primeira, mas também inventa-se muita coisa por estes dias de eleições.
Realmente é pena o Dr. Pimenta Machado não avançar com a sua candidatura.
Sinceramente como sócio do Vitória estou bastante indeciso sobre qual candidato irá cair o meu voto, se no PB que não conheço de lado algum ou no Milo que não percebe nada disto. Um gajo que não vende o Sereno por 700 mil euros no verão e que acaba de o vender por 350 mil euros há poucos dias. Não renova com o Desmarets, não renova com o Andrézinho. Vai buscar dos gajos para o lado esquerdo da defesa e o manco do Alex continua a mostrar que não é jogador para o vitória mas sim para a liga vitalis.

Nuno disse...

"sob tutela de um protocolo/acordo entre a empresa investidora e o governo, de modo a que o último possa ter uma palavra sob o modo e as condições em que operam no nosso país."

Deve haver requisitos mínimos impostos pelas leis (comerciais) de cada Estado mas nunca controlo. Na minha opinião a economia deve ser livre com alguma regulaçao do Estado. Hoje em dia, nao devemos ser idealistas mas realistas e está mais que visto que o poder económico sobrepoe-se ao poder político por isso deve criar-se condiçoes para que o capital entre em Portugal (e é mt bem vindo). Basta olhar para a Autoeuropa e ver como o Governo baixa as calças cada vez que dizem que estão a pensar em sair de PT!

Em relaçao a Espanha é verdade que está mal, mas continuo a dizer que gostaria que PT tivesse a crise espanhola.

DUXXI disse...

Portugal com a crise espanhola, deveria estar como a Grécia! Na banca-rota!

Quanto ao poder económico, nunca defende os interesses da região onde opera. O único interesse é o maximização do lucro e a máxima produção, não salvaguardando os interesses do proletariado ou das questões ambientais da região.
O Estado, num estado puro e honesto, olharia para os interesses do país.

Comparando com o processo Freeport, onde, segundo consta, ou segundo reza a lenda, os investidores "injectam dinheiro" no Ministério do Ambiente para que a obra seja aprovada.
O poder económico não é nem mais nem menos saudavel para um país/região, que o poder político.