Dia de Portugal
Tal como o afirmaram já muitos ilustres historiadores, de entre os quais merecem especial destaque Alexandre Herculano e José Mattoso entre tantos outros, em 24 de Junho ocorreu a primeira tarde da história do Reino de Portugal.
Mais uma vez viveram os vimaranenses o dia 24 de Junho como o dia do feriado municipal. Para uma apreciável maioria da população trata-se apenas de um feriado relacionado com as festas populares em honra de S. João, não o evangelista, mas o eremita que veio anunciar a vinda do Messias e a necessidade de aplanar os caminhos do Senhor.Para uma reduzida minoria, infelizmente, comemorou-se antes aquele dia passado no ano de 1128 em que um punhado de corajosos, de entre os quais se destacavam a nobreza comandada pelos irmãos Mendes da Maia, farta de se ver afastada da definição dos destinos do Condado, resolveu pôr termo à influência que sobre a rainha mãe, D. Teresa, exerciam os nobres galegos nomeadamente os irmãos Peres de Trava.A esse gesto de revolta juntou-se também o não menos importante apoio, no campo de batalha e no campo da diplomacia, do então arcebispo de Braga D. Paio Mendes, que estava farto de assistir às sucessivas investidas em Roma junto do Papa, de D. Gelmirez, arcebispo de Compostela com vista à tutela do arcebispado de Braga, por entender ser Santiago o outro pólo da Cristandade no Ocidente, criado pelo apóstolo Tiago, alternativo a Roma, do fundador da Igreja Simão Pedro.A encorajar todos estes desejos de revolta, dava-se o caso de o príncipe herdeiro D. Afonso Henriques ser um jovem destemido, com sangue guerreiro, que lhe vinha já de seu avô Afonso VI e rei de Leão e Castela e naturalmente também de seu pai D. Henrique de Borgonha, nobre cavaleiro francês que, tal como muitos outros à época, tal como D. Raimundo, seu primo, rumavam a estas paragens, oferecendo os seus serviços na luta pela reconquista da Península aos Mouros.A batalha de S. Mamede representa o nascimento de Portugal.Seguramente ninguém terá dúvidas, foi esse o primeiro dia de Portugal.Tal como o afirmaram já muitos ilustres historiadores, de entre os quais merecem especial destaque Alexandre Herculano e José Mattoso entre tantos outros, em 24 de Junho ocorreu a primeira tarde da história do Reino de Portugal.São já muitos aqueles que, utilizando argumentos dignos e fortes, reivindicam o dia 24 de Junho como dia de Portugal.Tenho dificuldade em entender a argumentação daqueles para quem a importância de Camões e da língua portuguesa que ele ajudou a construir e enormemente engrandeceu, possa assumir maior importância para a celebração do dia do país do que a própria data de nascimento de Portugal.O que não nasce não pode existir. E se não existe nada pode celebrar.Assim o entendam também os responsáveis políticos para bem de Portugal e satisfação da justa reivindicação dos Vimaranenses.
5 comentários:
Como disse varias vezes:
Devemos ser o unico pais do mundo que nao festeja a sua independencia. Para tornar a situaçao ainda mais ridicula festejamos a reinstauracao da independencia.
Muito bem Meireles.
Ó Meira... essa luta... Eu tb a vou fazendo, mas quê!? Neste momento os feriados contam pelo dia de folga e não pelas razões pelas quais se "festeja" o feriado, incluindo os santos. O único feriado festejado pelo seu significado, e só para a comunistagem, é o 25 de Abril, tudo o mais é dias a menos de trabalho.
É mais uma das provas do país sem causas, sem amor próprio, sem orgulho pelo passado.
Luta luta, camarada luta,
Luta luta, camarada luta,
Luta luta, camarada luta pela tradição!
;)
Tens toda a razão Meireles!!!
É triste não comemorar o dia de Portugal no dia mais simbólico.
Também posso dizer que aqui em Espanha nao se celebra o dia da independencia... com tanta confusão entre regioes era o que faltava hehe!
Tens toda a razão Meireles!!!
É triste não comemorar o dia de Portugal no dia mais simbólico.
Também posso dizer que aqui em Espanha nao se celebra o dia da independencia... com tanta confusão entre regioes era o que faltava hehe!
No caso da Espanha o que eles poderiam comemorar era datas em que resistiram ás tentativas de independência, sobretudo da Catalunha e do País Basco. De resto, independentes e aglutinadores são eles desde sempre...
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