quarta-feira, 6 de julho de 2011
Moody s corta rating de Portugal para lixo
O “crescente risco” de que Portugal tenha de pedir um segundo empréstimo antes de regressar aos mercados e a crescente possibilidade de uma renegociação da dívida levaram a agência de rating Moody’s a descer a nota de Portugal para um nível considerado junk (lixo).
Em comunicado, a agência revela que decidiu reduzir o rating de Baa1 para Ba2, concluindo assim o processo de revisão iniciado a 5 de Abril. A perspectiva mantém-se negativa, o que indica que pode haver novas revisões em baixa do rating no curto prazo.
De acordo a agência, a revisão em baixa justifica-se com “o risco crescente de que Portugal precise de uma segunda ronda de financiamento antes de poder regressar ao mercado privado” e com “a crescente possibilidade de a participação do sector privado ser requerida como pré-condição”, à semelhança do que se está a tentar na Grécia.
De acordo com a agência, é cada vez mais provável que Portugal não seja capaz de ir buscar dinheiro aos mercados a taxas sustentáveis no segundo semestre de 2013 e até mesmo durante algum tempo depois. Isto obrigaria o país a ter de pedir mais dinheiro à UE e ao FMI, tal como aconteceu com a Grécia. E, pior ainda, esta nova ronda de ajuda poderá envolver a participação de investidores privados – ou seja, uma espécie de renegociação da dívida, sobretudo se este for, como parece ser, a solução a seguir no caso grego.
A isso junta-se ainda o receio de que Portugal não seja capaz de cumprir integralmente com as metas de redução do défice e da dívida, acordadas com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). É que, segundo a Moody’s, o país enfrenta “desafios enormes para reduzir a despesa, aumentar os níveis de cobrança de impostos, alcançar crescimento económico e apoiar o sistema bancário”.
Para a Moody’s, o Governo poderá ter dificuldade em ser bem sucedido nos seus planos de contenção de despesa, sobretudo em sectores como a saúde, empresas públicas e nas autarquias. A isso junta-se a dificuldade de aumentar a taxa de cobrança fiscal (e assim gerar mais receitas) dentro dos prazos previstos.
A agravar o cenário, “o crescimento económico poderá ser mais fraco do que o esperado, o que irá comprometer as metas de redução do défice” e há “uma possibilidade não negligenciável de que o sector bancário possa necessitar de ajuda para além daquela que está prevista no acordo com a UE e o FMI”.
Ataque ao EURO e a Portugal a meu ver. Quase nada mudou nos ultimos meses e estes gajos estao sempre a baixar o rating... nao tem grande logica.
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8 comentários:
Ilustres bloguers, não me parece demais reconhecer que continuamos envolvidos numa rede de interesses e especulações financeiras...Não acredito numa crise provocada apenas pelo consumo desenfreado e insustentável, mas sim pelo enriquecimento de alguns e marginalização da maioria que trabalha e produz riqueza. Isto não vai ter fim e o que vemos na Grécia, será muito provável de acontecer em qualquer país dito desenvolvido...
Não há paciência para esta merda...
Estes gajos andam a brincar com o povo e não há meio de a Europa por ordem nisto....
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=494491
Artigo muito bom Tiago.
Tiago... ja andaste a fazer sas tuas? Seu pirata!! :P
A sério que não fui eu que fiz o hacking do site da Moodys, mas gostava!
grande artido o do jornal de negócios!
Há aqui muita especulação por trás...
Tenho que dizer isto...é o sistema! ;)
Site da Moody’s está inacessível há cerca de duas horas (SAPO)
O website da agência de rating norte-americana está inacessível desde as 15 horas de hoje. Ainda não se sabe se por vontade da própria agência, se por causa de uma acção de protesto convocada nas redes e plataformas de interacção social.
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