Directo ao assunto:
1- Intenção do Passos Coelho de privatizar muitas empresas públicas.
É preciso ter muito cuidado com isto. Em geral não sou contra a privatização de empresas públicas mas... temos vários exemplos na Europa em que tal se provou nefasto. Inglaterra privatizou muitas empresas durante os anos da Tatcher e agora sofre com essas politicas, entre outros exemplos tem um sistema horrivel de transportes. Na Alemanha agora fazem o contrário e muitas empresas privadas estão a passar para o controlo das camaras locais (empresas fornecedoras de água). Estas empresas são por natureza um monopólio, não tem concorrência. Por isso é preciso ter muito cuidado com a sua privatização porque são um bem essencial para os consumidores. O mesmo se passa com electricidade, etc. Cuidado com estas privatizacoes. Para nao falar que o timming de venda tambem eh o pior, esta tudo a precos de saldo devido ah crise financeira.
2- A falta de coragem dos políticos portugueses. O Passos Coelho disse que não iria subir os impostos. Obviamente que não tinha alternativa.... e subiu-os.
O Seguro disse que o acordo da troika não é para cumprir... obviamente que é para cumprir. Não temos alternativa. Aliás fiquei chocado, e acho que é algo cultural, mas como é possível que depois assinarmos um acordo com pessoas que nos estão a emprestar dinheiro dirigentes do PS dizerem que afinal... não, é um acordo mas é possível não cumprir. Ridículo. Nesse aspecto este governo tem sido bastante objectivo e parece que quer cumprir as metas traçadas. Discordo de algumas das medidas mas no geral estao a fazer um bom trabalho.
3- Alberto Joao e a Madeira. Espero para ver se o PSD vai apoiar o homem nestas eleicoes. Ridiculo se o fizer... Vamos a ver, mas tenho a impressao que nao vao ter coragem e que o Alberto Joao so saira quando quiser. E que os Portugueses desprezados pelo Alberto Joao, os tais do continente, eh que vao pagar a factura madeirense com um novo imposto. Afinal nao ha milagres e o crescimento madeirense veio dos bolsos dos portugueses do continente.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
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4 comentários:
Em relação ao 1º ponto sou a favor das privatizações mas com cuidado por isso o meu medo reside no timing. Como diz o Sami o grande problema vai ser vender as empresas a preço de saldo e qualquer comprador vai negociar com vantagem. Mas é culpa nossa por termos chegado a esta situação limite por isso não há outro remedio. É melhor este mal menor que chegar ao estado da Grécia.
2º ponto: estou de acordo. Para o bem do país internamente e para o bem da imagem do país externamente temos obrigatoriamente que fazer as coisas correctamente para sermos vistos como o bom aluno da UE de forma a ganhar credibilidade externa, até porque temos (in)felizmente um país chamado Grécia a quem nos vão comparar.
É ridículo insinuar que nao temos de cumprir o acordo!!!!! Nao entendo...
Sinceramente este governo pode ser o mais importante de sempre porque tem uma excelenete oportunidade em maos: pode tomar, no inicio da sua legislatura, as medidas mais impopulares e lavar-se as maos dizendo que tomou medidas que nao queria mas que lhes foram impostas... medidas essas que toda a gente sabia que se tinham de tomar mas que ninguem tinha a coragem de as implementar! Por exemplo a reorganização dos municipios: há muita gente a mamar do estado como governadores civis, juntas de freguesia, etc etc, e que a Troika obrigou a reorganizar isto tudo para ser mais coerente e rentável. Se não fosse a troika ninguém ia ter "tomates" para mexer em interesses instalados mesmo que quisessem. Por isso digo que este pode ser o ponto de viragem para tomar atitudes, medidas e reformas agressivas para melhorar a situaçao do pais.
Eu também acho que ate agora estao a fazer um bom trabalho.
3º ponto: nem sei o que dizer... aqui acho que as coisas vao continuar como estao...
Ah Grande Marcelo!! Directamente dos estúdios em Luanda!! Sempre atento!!
Aqui o Zapater... Mamar e tomates... Não sei! Parece-me que quer provocar uma revolução!
Quanto à matéria exposta, como diria JJ, "em minha opinião", as privatizações têm que ser vantajosas para o privado para que a proposta e o resultado líquido seja uma boa receita para o Estado. Claro que, como disse o Prof'eneta, quando o mercado é limitado e/ou mesmo monopolizado, a procura/oferta do privado tende a aumentar, em detrimento da justiça social e poder de compra das famílias.
Contudo, o negócio BPN mostrou os tentáculos do polvo! Surgem notícias que afirmam que a melhores prospostas para a aquisição do banco (maior valor, menos despedimentos) por um grupo de empresários portugueses foi superada por um consórcio de um "magnata" português e um grupo de homens-fortes do Governo de Luanda (melhor valor e mais despedimentos).
Como bom exemplo temos a TAP, que superou as contas mesmo estando à chefia do Estado.
Não querendo alongar muito, só uma impressão que fiquei da entrevista de um dos homens responsáveis pelas contas portuguesas da Troika, em que afirma que não apresentaram nenhum acordo nem tão pouco exigências em matéria de impostos e/ou cortes sociais, apenas um resultado. O modo para chegar a esse resultado foi apresentado pelos grupos partidários em que, a Troika concordava ou não.
Va la... afinal o kadafi do blog esta vivo. Pensei que os rebeldes ja te tinham apanhado.
Estou a escrever com a assinatura da Paula, obviamente...
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