Tomada de posse apimentada...

Pimenta Machado foi ontem à tomada de posse da nova direcção do Vitória de Guimarães. À entrada, os adeptos vitorianos receberam o seu ex-presidente em apoteóse. Pimenta Machado ocupou a primeira fila dos convidados, mas o presidente da Câmara vimaranense, apesar de convidado optou pela ausência.

Hoje em declarações a uma rádio local, o presidente da edilidade, António Magalhães disse que não foi à tomada de posse porque Pimenta Machado tinha sido convidado e estaria presente. Isto prova de que o presidente de edilidade de Guimarães, mais o partido local, sempre estiveram por trás dos ataques que foram desencadeados contra Pimenta Machado. Só com o apoio deste grande partido político, foi possível confundir e praticar-se o mais variado tipo de arbitrariedades no processo judicial de que Pimenta foi alvo.

António Magalhães foi quem escolheu o sucessor de Pimenta Machado, mas Vítor Magalhães provou que nem sempre a atitude rasteira tem resultados positivos. O homem de confiança do presidente da Câmara, em menos de três anos deixou o clube de rastos. Cheio de dívidas, despromovido e sem soluções para o futuro.

A razão do desencontro de opiniões entre Pimenta Machado e António Magalhães reside na abertura de um processo judicial que transformou o edil em arguido por ter sacado à Comunidade Europeia, 5 milhões de euros, quando através de documentos, não legais, tentou convencer quem gere os dinheiros comunitários de que o estádio era propriedade do município. António Magalhães por causa deste saque ilegal, foi constituído arguido e até hoje nada se sabe do respectivo processo, ao contrário do que aconteceu com Pimenta Machado, que poderá ser julgado ainda antes do Verão.

António Magalhães recusou-se a ir à tomada de posse da nova direcção do Vitória de Guimarães, para não se encontrar com Pimenta Machado, mas ainda no Verão passado, o edil vimaranense se sentou à mesma mesa de Pimenta Machado, num restaurante do Porto, quando Fátima Felgueiras os convidou para um jantar da Confraria do Vinho Verde. Mediante estes factos a ausência do edil vimaranense na tomada de posse, só pode ser entendida como um acto de desespero e que visa outra situação que não a referida. Esta nova direcção tem a intenção de desistir de ser assistente no processo que a anterior direcção colocou a Pimenta Machado e António Magalhães tem vindo a pressionar Emílio Macedo, o novo presidente, para não o fazer e esta sua pretensão não encontrou eco na nova direcção. Mas, garantem-nos que Magahães, também teve medo de enfrentar os associados vitorianos porque todos sabem que foi ele quem colocou Vitor Magalhães no poder.

O edil não fugiu a Pimenta Machado, mas ás responsabilidades.