segunda-feira, 25 de junho de 2007

O divino, telhado de vidro...

Invocar a justiça divina é mesmo que acreditar que é possível enganar Deus.
Ora se esta frase tivesse saído de um ateu, agnóstico ou um daqueles radicais que só acreditam na ciência e já há muito exorcizaram os demónios, ainda vá que não vá, mas vinda de um “Papa”, de uma pessoa que se diz crente e que não se poupa a esforço para viajar assiduamente a Fátima. È muito mau.
Já não será tão mau dizer que acredita na justiça dos homens. Basta ir aos estádios de futebol e conferir os camarotes que estão ocupados por gente ligada à justiça. È por estas e por outras que durante dois anos, o processo da agressão a Ricardo Bexiga, esteve completamente adormecido sem que se efectuasse a mais leve investigação e sem pistas para os investigadores da equipa de Maria José Morgado. Aliás, a tal justiça dos homens em que alguns acreditam, foi a mesma que mandou arquivar processos que foram depois reabertos por Maria José Morgado. Nesse tipo de justiça também eu acreditava, mas como não tenho nada para dar, vou-me limitando às consequências.
Saltando para o discurso de Pinto da Costa em casa de Dragão na capital, parece-me de facto o estrebuchar de um moribundo, muito embora acredite que de moribundo o homem não tem nada, simplesmente porque não acredito na justiça dos homens e muito menos na coragem deles, porque estão todos entalados. Falar de uma viagem paga ao Luxemburgo a Leonor Pinhão, só se for para rir. Todos os jornalistas sabem e se não o dizem é grave, que todos, mesmo todos, os grandes clubes, quando lhes interessa convidam jornalistas para os acompanhar a viagens ao estrangeiro. Que eu saiba, Leonor Pinhão que não me deu qualquer procuração para a sua defesa, apenas aceitou um convite que foi feito ao diário desportivo “A Bola” pelo Benfica e que o seu jornal a nomeou como seu representante. Que eu saiba, os jornalistas não ganham jogos nem têm influência nos mesmos. Penso que é preciso ter lata para se dizer que um clube pagou uma viagem a um jornalista, que não foi passear, mas sim trabalhar, quando se sabe quantas viagens de árbitros foram pagas para férias.
O Tribunal de Viana do Castelo deu como provado que Carlos Calheiros não pagou a sua viagem ao Brasil, isto apesar do árbitro ser o assistente no processo e Jorge Schnitzer, ex- director do programa Donos da Bola ser arguido. Jorge Schnitzer foi absolvido e o juiz que julgou o caso foi muito peremptório: “Ficou provado que o senhor Carlos Calheiros nunca pagou a viagem de férias ao Brasil.” Basta consultar a sentença.Também podia aqui referir quantos jornalistas viajaram de férias para várias partes do mundo com facturas pagas por uma agência de viagens muito conhecida e que influência esses jornalistas tiveram em assinaturas de contratos fabulosos.
Penso eu de que, Pinto da Costa desta vez atirou para o lado errado esquecendo os seus velhos fantasmas. Quem tem telhados de vidro devia medir melhor as suas palavras.

3 comentários:

LEÃO DA ESTRELA disse...

Sem alguns animadores de circo, o futebol português não existia, mais a mais em período de defeso. Registando já três acusações no âmbito do processo “Apito Dourado” e sem motivos para festejar o S. João da sua cidade, Pinto da Costa desceu até Lisboa para comemorar mais um aniversário da Casa do FC Porto da capital e aproveitou o seu discurso para mostrar a factura de uma viagem a Luxemburgo da jornalista Leonor Pinhão, alegadamente paga pelo Benfica. Foi um espectáculo deprimente. Decididamente, Pinto da Costa já não é o que era. Luís Filipe Vieira, que é feito da mesma massa e até já foi “compagnon de route” do presidente do FC Porto (aliás José Veiga também foi apanhado nas escutas telefónicas a pedir favores da arbitragem para o Benfica…), teve necessidade de responder na mesma noite, para dizer que o mais recente ataque do líder portista “é o estrebuchar do morto”.

Anónimo disse...

Quem é este "macanbúzio"?!

Anónimo disse...

Acho que já está a falar-se em demasia de quem não vale a pena neste bog... falem é do joão alves que assinou pelo Vitorinha e deixem a justiça seguir o seu rumo... A celeridade sempre foi inimiga da ponderação e da justeza, não que com isto esteja a insinuar que é suficientemente espedita ;-), mas vamos aguardar...