O silêncio dos inocentes

O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, acusado de crime de corrupção desportiva activa, negou ter comprado árbitros para beneficiar o seu clube, e afirma estar a ser alvo duma perseguição pessoal por parte da Justiça.
Numa entrevista publicada esta segunda-feira no Público, Pinto da Costa nega as acusações de que é alvo e diz que está ser vítima de perseguição, o FCP e o norte em geral, mostrando grande estranheza por só os clubes do norte serem alvos deste processo, uma vez que nas escutas telefónicas também são mencionados clubes de Lisboa:

"É do conhecimento público e, em especial, de quem acusa, que nas mesmas escutas há outros dirigentes desportivos de clubes da capital, a solicitar a nomeação de certos árbitros. E contra esses, ao que sei, não há processos a correr", sublinhou.

Quanto à reabertura do processo «Apito Dourado», Pinto da Costa mostra-se pouco preocupado:

"Ao que sei, só existe um processo Apito Dourado, o que corre em Gondomar e do qual não faço parte. Além do mais, quem não deve não teme e considero que se trata de uma perseguição pessoal, a mim e ao FC Porto".

Quanto ao livro "Eu Carolina" afirmou:

"Conheço o suficiente para compreender que tanta invenção e falsidade só serão compreendidas quando todos souberem (o que eu já sei) com quem a Carolina Salgado se reuniu antes do livro, depois de ele ser escrito, quem cortou coisas, quem acrescentou outras, quem a apresentou à D. Quixote".

e adianta:

"Diria que a autora do livro poderia ser processada por plágio, já que, ao que me contam, transcreve o interrogatório judicial de que fui alvo."

Pinto da Costa mostrou-se despreocupado e confiante, delegando todos os assuntos relativos ao processo aos seus advogados.