sábado, 13 de outubro de 2007

Nobel da Paz e os rabos de palha !


Existe sempre na atribuição do Prémio Nobel da Paz - mais do que em qualquer outro dos galardões instituídos em testamento pelo inventor da dinamite - uma clara mensagem política. Ontem, o Comité Nobel da Noruega decidiu abraçar a luta pela salvação do planeta, distinguindo o antigo vice-presidente americano Al Gore e o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), organismo das Nações Unidas. Ao fazê-lo, mexe no vespeiro da Economia e dos que insistem em considerar o aquecimento global uma falácia que trava o desenvolvimento, com destaque para os maiores poluidores mundiais, entre os quais surge a própria nação a que Gore sonhou presidir.
O homem que um dia foi eleito presidente dos EUA (sim, ele teve mesmo mais votos!), mas que devido à palhaçada do sistema juridico e eleitoral americano, teve que ver BUSH sentar-se na secretária da Casa Branca tem um enorme rabo de palha...
Al Gore, o mais importante activista ecológico é o exemplo mais eloquente da frase: "Faz o que eu digo, não faças o que eu faço!" Afinal, ricos ou pobres, activistas ou não, estamos todos no mesmo barco, e qualquer coisa que nós fazemos de positivo ou negativo tem sempre consequências sobre todos. Vai daí convido-vos a ler a seguinte noticia:
Al Gore gasta mais energia num mês do que um americano médio num ano
A energia eléctrica consumida pela mansão do político americano Al Gore num mês é maior do que a energia eléctrica gasta por um americano médio durante um ano.
A informação foi divulgada por um think tank americano, que baseou a sua conclusão nas últimas contas de luz da mansão de Al Gore, localizada nas redondezas de Belle Meade, no Tennessee.
Segundo a companhia fornecedora de energia Nashville Electric Service, a residência de Al Gore gastou em 2006 cerca de 221.000 Kwh, aproximadamente 20 vezes a média nacional. De acordo com o Departamento de Energia, o consumo médio de eletricidade nos EUA é de 10.656 Kwh/ano por residência. Só em Agosto de 2006, a mansão de Al Gore consumiu 22.619 kwh no mês, cerca de 30 mil dólares por ano!
Al Gore aparece no documentário An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente), dirigido por Davis Guggenheim. A obra foi a grande vencedora do Óscar 2007 na categoria Documentário de Longa-Metragem. Na película, Al Gore fala sobre o aquecimento global e sugere aos americanos economizar energia...

6 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito deste prémio. Acho que traz mais atencao a um problema do mundo inteiro. Só comparável a uma guerra nuclear ou biológica!

Apesar de ele gastar tanto em electricidade nao me parece que seja relevante. Foi a pessoa que mais fez no mundo para trazer atencao a este problema, por isso....

Anónimo disse...

Apesar de ser verdade o que dizes não deixa de ser verdade que não o fez por altruismo mas antes com o olho no lugar de presidente dos usa...

Anónimo disse...

Mas como pode o homem alertar o público e a huminadade em geral para ter consciência deste problema e pedir-lhes para economizar energia, quando o próprio não o faz...
Americanices, é o que é!

Shame on you Mr. Gore...

Anónimo disse...

É tudo verdade o que voces dizem. Embora ache que uma 2a candidatura me pareca um pouco inviável neste momento.

Mas só o facto de ele ter recebido o prémio colocou este assunto uma vez mais na ribalta! Assunto que como já referi penso que nao é levado a sério pela maioria da pop mundial e especialmente pelos seus governantes. Pode ser que quando se comecar a fazer algo já seja tarde demais!! Nos EUA ainda se fala (só pelos Republicanos, claro!!!) que a mudanca climática pode ser algo cíclico, normal na terra. Ainda tentam convencer pessoas disto... Como dizem os mesmos Republicanos, uma mentira dita muitas vezes torna-se verdade.

Por estes motivos é que concordo com a entrega deste prémio.

Anónimo disse...

alertar para o Ambiente acho muito bem...mas daí até lhe dar um Nobel vai uma diferença...
não é um exemplo! e os prémios Nobel é suposto serem exemplos...

Nox disse...

Eu também acho que se apoie e aplauda o trabalho de alerta para a deteoração do meio ambiente, mas atribuir-lhe o prémio Nobel da paz penso que é um pouco forçado.