quarta-feira, 5 de março de 2008

Grande ORGULHO nesta rapaziada !




Adeus e até já
Precoce, imerecido, o adeus é também fingido e particularmente indiferente aos mais elementares princípios de justiça que ficou por fazer ao campeão português, o melhor, o mais dotado dos opositores e, seguramente, o mais apto de três horas e meia de futebol que ficou a dever um desfecho doce ao F.C. Porto, superior até em inferioridade numérica e apenas batido da marca de grande penalidade, pequena porção de relvado para onde o Schalke procurou conduzir o desenlace na incapacidade de se distinguir e distanciar em toda a extensão do terreno. Talvez por isso e por muito mais, o adeus não represente propriamente uma despedida, mas um simples até já.

Fulgurante, por vezes até asfixiante, a entrada portista justificava a geração da vantagem em pouco mais de uma dezena de minutos e um punhado de ensaios, que teve num cabeceamento de Sektioui o melhor exemplo e desempenho. Em poucos segundos, Neuer, o elemento-chave da eliminatória, negou o golo por duas vezes. Primeiro, numa saída arrojada e feliz a um remate cruzado de Lisandro, depois de assistido por Lucho, e, logo a seguir, no encontro inesperado com a bola, na sequência de um cruzamento de Bosingwa a que o marroquino parecia ter correspondido na perfeição.

A resposta ardente à derrota sofrida na Alemanha foi processada com inevitáveis oscilações de ritmo, especialmente marcadas pelos limites da natureza humana de uma máquina que depressa comprimira o opositor, arrumando-o em metade do espaço disponível. Algumas premeditadas, outras induzidas pela atitude dominadora e acelerada de um Dragão apressado, as mudanças de velocidade revelaram as melhores soluções na versão mais célere do assédio, condenado a obedecer às delongas de métodos alternativos.

A reentrada recuperaria o ritmo inicial, a cadência que melhor servia o campeão português e que mais o aproximava do golo, conforme Sektioui e Neuer fariam questão de voltar a provar. Outra vez de cabeça, depois de servido por Lucho, na sequência de um livre inteligentemente cobrado por Quaresma. Com uma defesa frequente no andebol e absolutamente rara nos relvados, o alemão interrompeu o esboço de uma comemoração adiada.

Foram precisos 86 minutos de tentativas e espera paciente para o golo acontecer, já para lá da expulsão de Fucile, que acrescentou a inferioridade numérica à desvantagem no marcador. E porque falar em golo é o mesmo que falar em Lisandro, fica fácil de atribuir a autoria do remate indefensável, desferido à meia-volta e ainda de fora da área.

Ao prolongamento foram dadas oportunidades mais do que suficientes para não acontecer e a decisão na marca de grandes penalidades poderia ter sido evitada ainda na primeira metade do tempo extra, quando Quaresma adivinhou o que ia na cabeça do adversário e se antecipou à defesa adversária. O problema foi Neuer, para não variar, o mesmo protagonista dos penaltis, matéria em que só permitiu o golo a Lucho numa especialidade, que, no entanto, esteve longe de assumir a condição de tira-teimas e apagar a inegável superioridade portista na soma dos 210 minutos de futebol jogado entre Gelsenkirchen e o Dragão, cujo público presenciou o décimo jogo do F.C. Porto em casa sem sofrer golos, totalizando 973 minutos de inviolabilidade de uma sequência iniciada há quatro meses, com a vitória sobre o Marselha, também em encontro da UEFA Champions League.

In fcporto.pt

PS: É certo que um Profissional não pode falhar um golo daqueles mas do Passado vive o Benfica...o F.C.PORTO vive do presente e do futuro. Há que levantar a cabeça e aplaudir estes meninos! Grande Atitude !

4 comentários:

Anónimo disse...

Desapontante...

Anónimo disse...

"Desapontante" o resultado final, não a exibição.


em Portugal andamos há 15 anos com a brasileirada...mas estamos enganados...a ARMADA ARGENTINA tem muito querer e muita mais garra que os brasileiros!

Anónimo disse...

Claro que sí!

Nox disse...

Bem, hoje estou mais calmo e já posso opinar de uma maneira mais normal.
Confesso que ontem fiquei com uma cabeção enorme e com uma vontade enorme de arrebentar com portátil e descarregar a loucura que se apoderou de mim. Tinhamos tudo para passar, uma boa equipa que já vinha do ano passado e eramos (e somo) melhores do que o adversário mas falhamos os quartos de final. O que mais gostei foi da atitude, da raça durante todo o jogo, que mesmo com 10 fomos enormes. Pena, mas muita pena pelos escandalosos falhanços.
Para mim é tão boa esta equipa que o campeonato e a chegada aos oitavos sabe a pouco, e por isso penso que agora chegamos ao fim de um ciclo. Depois de segurarmos alguns jogadores acho que este ano jogadores como Quaresma, Lucho, Bosingwa e talvez Lisandro vão voar, e vamos ter de contruir uma nova equipa. Fica agora o tabu se o Jesualdo vai renovar ou não...

Nota para o facto do gozo que levei hoje no trabalho mas entrei!! (merecido pq já tinha gozado bastante a má performance do Real e do PSV), o que me leva a constatar que pus o nome do FCP bem alto aqui em Madrid!

Enfim, não gostando de vitórias morais, sinto-me orgulhoso de ser portista!

Já tinha pensado nisso mas ainda nao me tinha pronunciado sobre esse assunto: sem dúvida que os argentinos são diferentes e aprecio-os muito. Não será por acaso que o Villreal tenha crescido tanto. Começaram há uns anos com 8 argentinos + treinador na equipa e criaram uma estrutura que lhes permitem ser uma das melhores equipas espanholas, radicada numa cidade com 50 mil hanitantes!! Têm uma atitude diferente da dos brasileiros sem dúvida.