quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Os caminhos perversos da justiça.

O “Record” publicou ontem uma reportagem na qual se reproduzem histórias que deram origem ao processo Apito Dourado.
Como toda a gente já sabia há muito tempo, tudo foi despoletado pelo árbitro, Rui Mendes, após se ter sentido pressionado e prejudicado por elementos do Conselho de Arbitragem da Liga e por Valentim Loureiro. Tal como aconteceu com o árbitro José Leirós, quando resolveu denunciar o secretário da Liga, Carlos Pinto, Rui Mendes depois da denúncia só teve um caminho: o abandono da arbitragem.
A justiça mais uma vez premiou os corruptos. Mas não deixa de ser curioso o que aconteceu a Pimenta Machado. Como se sabe agora, Pimenta Machado, na altura presidente do Vitória de Guimarães, foi quem incentivou o árbitro Rui Mendes a denunciar as pressões a que o árbitro estava a ser sujeito e que deu origem ao processo Apito Dourado. Como todos ainda sabemos, o Apito Dourado estourou em Abril de 2004. Os advogados dos arguidos e detidos, tiveram todos acesso ao processo e facilmente se aperceberam como tudo aconteceu. Por coincidência, em Outubro de 2004, por isso seis meses depois de ter rebentado o Apito Dourado, a Procuradoria-geral da República recebeu uma denúncia a acusar Pimenta Machado de várias ilegalidades e que estão neste momento a ser julgadas em Guimarães. Após quase 20 sessões ainda nada se provou.
Não obstante este facto, Pimenta Machado foi detido por ordem de um juiz que estava no Conselho de Justiça da FPF e que mais tarde se veio a revelar, através de escutas telefónicas, ter contactos muito estreitos com Valentim Loureiro.
Voltando ao árbitro que deu origem ao processo Apito Dourado, parece-me certo que Rui Mendes foi castigado pelo que fez. Mas... Vamos a factos.
Rui Mendes é um árbitro do Porto que reside no Marco de Canaveses e quem está na arbitragem sabe que o homem nunca teve jeito para a coisa. Era fraco e habilidoso. Só conseguiu subir à primeira categoria com a ajuda do seu amigo Ferreira Torres que nessa altura fazia parte do Conselho de Arbitragem da FPF.
Depois, como se percebe pelo relato dos acontecimentos, o árbitro só “bufou” porque não lhe fizeram o jeito e depois em Gondomar voltaram a dar-lhe a volta, caso contrário ele tinha feito as contas doutra forma. De inocente Rui Mendes não tem nada. È empregado bancário e irmão de um dos maiores inimigos de Ferreira Torres, um tal Gil que fez a vida negra ao ex-presidente de Câmara do Marco.
Rui Mendes não teve qualquer problema em se aliar ao maior inimigo do seu irmão para subir na vida.

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