
Ano de desilusão em Guimarães…
O ano que era o tudo para as gentes do Vitória, transformou-se num absoluto nada… um ano em que se previa poder-se tocar com os dedos em ouro, tornou-se num absoluto zero, em que a incúria e os erros de casting tornaram o filme da época vimaranense numa película digna dos piores filmes escalão B!
O produtor do péssimo enredo que assistimos este ano, foi Emílio Macedo da Silva… o verdadeiro responsável por uma época de pesadelo, em que nada saiu bem… mas que, valha a verdade, nada foi planeado para resultar…poderíamos dizer que EMS a partir de Julho resolveu brincar ao futebol, prejudicando os milhares de crentes que seguem o Vitória para todo o lado.
Assinou um protocolo misterioso com o Benfica, recebendo, para além de um Nuno Assis, lesionado, um ridículo Luís Filipe que nunca se percebeu ao que veio, e que nunca foi actor para este filme que se pretendia um épico grandioso e tornou-se em terror da pior espécie.
Negligenciou, completamente, as saídas de Geromel, Alan e Ghilas…ridículo, o facto de este não ter renovado por meia dúzia de tostões… e pensou que os milagres aconteciam…decrescendo a qualidade, conseguiria ter êxito! Enganou-se, redondamente… e provou-se que para se ter sucesso há que contar com todos os pormenores…
A adjuvá-lo, contou com um realizador que desde o início de Julho prometia actores de melhor qualidade que os do ano anterior e comprovou-se uma de duas coisas: ou de futebol, na verdade, percebe muito pouco ou estava a tentar areia para os olhos dos sócios, omitindo o que já se sabia…
E a pré-época vitoriana em vez de se basear em atletas capazes de honrar o símbolo do Rei, circunscreveu-se à contratação de um director de comunicação…no mínimo surreal, para quem almeja crescer…
Quanto á época, importará referir que não obstante estes erros todos, as lesões deram um contributo relevante para os inêxitos… efectivamente se Nuno Assis, Sereno, Douglas e outros não sucumbissem em combate de um momento para o outro, talvez a história fosse ligeiramente diferente…mas de “ses” está o cemitério cheio, e queum em obrigações tem de prever todas as possibilidades.
Ademais, este filme, apesar de mau, contou com uma ou outra tirada cómica, tal como o mercado de Janeiro…inacreditável como se investe a maior fortuna da história num jogador sem ritmo e sem adaptação ao futebol europeu… o maior investimento de capital num homem que, supostamente, seria para pegar de estaca e nada, mas nada, mostrou… verdadeiramente ridículo!
Além deste, e já que o Vitória apenas possuía três trincos no plantel - dando de barato que Wênio entrava nessas contas, apesar de ter sido, certamente, uma das piores contratações dos últimos cinquenta anos da história do Vitória - nada melhor que contratar Custódio… mais um jogador sem ritmo e só pronto a jogar em Março… um investimento para a época 2009/2010, quando se vislumbrava, já, o tremendo flop da época actual…
Mas não era tudo…havia que complementar com um peso pesado…sem dúvida, o jogador, actualmente, com maior peso dentro do plantel… não…não é influência…são quilos e quilos de fortaleza… certamente, foi a medida humanitária deste filme, apoiar Cícero, que não jogava há um ano, a fazer uma cura de emagrecimento…a expensas do Vitória…
Pelo meio deste louco Janeiro vendeu-se o lateral esquerdo titular, Momha, que, ainda, fazia, se fosse necessário, uma perninha a central…indo-se buscar o que havia no mercado, que era Milhazes… que sendo a contratação mais credível destas mencionadas. só chegou a Guimarães, pela saída de um titular… Quem vende em Janeiro, um titular? Só as equipas sem objectivos! O Vitória tinha objectivos? Parece que sim…
Hora, agora, para mencionar o maior blooper deste filme… a guerra, inicialmente surda, e depois estridente, entre EMS e Manuel Almeida… o velho ditado “zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades”aplicou-se bem ao produtor e ao seu adjuvante… tristes as acusações… lamentáveis… promessas de esclarecimento, que não passam disso…e, até hoje, ninguem soube o que, realmente, se passou…e a democracia vimaranense e vitoriana vai cantando e rindo…
Entre estas trocas e baldrocas, reparamos que o realizador desta epopeia andava estranho…andava incompreensível…realmente, Cajuda, este ano não merece Oscar… imperícia a gerir a equipa- aquele jogo com o Sporting que o perde sozinho, há-de ficar atravessado - desconhecimento total e absoluto da história do Vitória, - o Vitória há três anos foi ás meias finais da Taça, sr. Cajuda - afrontas constantes aos sócios e jogadores - em certas afirmações parecia ser o supra sumo deste Universo - e teimosia, muita teimosia - os casos de Gregory e Luís Filipe são os melhores exemplos. -
Nesta longa metragem de qualidade sofrível, também os actores se ressentiram… Onde estava o Desmarets do ano passado? Uma verdadeira sombra…um jogador com corpo em Guimarães e cabeça em qualquer outro lado? Onde se meteu o João Alves box-to-box?Este ano aos quinze minutos já lhe tinha dado o abafa! E, por exemplo, onde estava o Andrezinho do ano anterior?? Os treinos este ano foram diferentes??? Mas pioraram em quantidade, ou será, que também em qualidade??
E nestes caminhos negros fomos caminhando até ao fim da época, de frustração em frustração - primeiro foi a Taça da Liga, depois a de Portugal e por fim o malogro do acesso ás competições europeias - sem que nada mudasse… os mesmos vícios, as mesmas suspeitas, os mesmos erros na equipa de futebol e ninguém a dar o murro na mesa…
Esperemos que o filme do próximo ano seja de qualidade superior e mereça o Oscar…este merece um Razzie - prémio de pior filme - tal o enredo confrangedor aqui relatado…
Agradecimentos ao Vasco Rodrigues que escreve no Blogue Vitoria-1922, pelo belissimo texto e que, por merecer a minha quase total concordância, vai aqui literalmente plagiado...